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Semiconfinamento será alternativa para pecuaristas de Mato Grosso

23 setembro 2012 - 03h02Por Agrodebate

O aumento de 22% no custo de produção do confinamento de gado fez com que os produtores de Mato Grosso pensassem em outra formar de criar e engordar os animais. O valor gasto com insumos e manejos passou de R$ 4,32 para R$ 5,28 por cabeça entre os meses de agosto de 2011 e 2012, de acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Por isso, os pecuaristas do estado estão optando pelo sistema de semi-confinamento, que consiste na suplementação dos animais no pasto, o que implicaria em menos custo para o produtor.

O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, explica que a opção é a única maneira dos produtores manterem o plantel em uma época em que os custos de produção impactam diretamente na renda da porteira para dentro. "O semi-confinamento não demanda grandes investimentos.

O gado recebe os suplementos alimentar, com a soja e o milho, no próprio pasto". Ele lembra que a estiagem de 2011 provocou um aumento nas intenções de confinamento no estado e que as chuvas deste ano, apesar de bem distribuídas, não serão suficientes para recuperar a pastagem. "Sendo assim, o sistema de confinamento não deverá ganhar novos adeptos". Um levantamento divulgado recentemente pelo Imea mostra que 740 mil animais devem ser criados pelo sistema de confinamento neste ano.

O volume, no entanto, representa uma queda de 9% em relação ao ano passado, que foi de 813 mil animais. A expectativa de queda é maior se comparada a última intenção apresentada em abril, quando apontava que 929,9 mil gados seriam criados em confinamento. Conforme ele, o preço pago pela soja e pelo milho foram os responsáveis por incrementar o custo de produção do confinamento. Entre janeiro a agosto de 2012, a saca da soja passou de R$ 43 para R$ 78 - um crescimento de 81%.

Já o preço do milho teve aumento de 33%, de R$ 18 para R$ 24 a saca no mesmo período. O presidente da Acrimat, José Bernardes, acrescenta que a queda no confinamento será observada, principalmente, nas regiões que estão longe dos polos produtores de grãos. Os dados do Imea confirmam: o nordeste e o noroeste do estado terão redução de, respectivamente, 38,8% e 26,3%.