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Volume de animais confinados deve voltar a crescer em 2017

30 janeiro 2017 - 13h04Por Canal Rural
Volume de animais confinados deve voltar a crescer em 2017

Expectativa de safra recorde de grãos no país e a queda de preços no mercado de reposição vão reduzir o custo de engorda.

O volume de animais confinados deve voltar a crescer em 2017. A expectativa de safra recorde de grãos no país e a queda de preços no mercado de reposição vão reduzir o custo de engorda. O setor também acredita que a retomada do consumo interno estimule os preços da arroba.

Já no começo do ano, o pecuarista André Luiz Perrone faz as contas para saber quantos animais vai confinar. Ele quer terminar 33 mil bovinos neste confinamento, em Barretos, interior de São Paulo. O volume é 10% maior do que em 2016.

“A meta é produzir um pouco mais de animais, mas tudo vai depender da questão econômica. Ou seja, como está nosso consumo de carne, como está nossa exportação, as cotações da arroba na bolsa”, afirma Perrone.

A queda no consumo interno foi responsável pela redução das margens dos confinamentos em 2016. A arroba do boi gordo encerrou o ano com preço médio de R$ 155, número abaixo da inflação e inferior ao desempenho apresentado em anos anteriores. Para este ano, o setor acredita que o cenário deve mudar.

“Nos últimos anos, o número histórico de consumo é de 36 kg a 38 kg de carne bovina por ano. Em 2016, esse número caiu para 26 kg. A retomada de crescimento do Brasil não tem sido na velocidade que a gente gostaria, mas a economia dá sinais de queda de inflação e essa é a grande 'mola' que vai estimular o nosso negócio”, afirma o executivo da Associação Nacional de Pecuária Intensiva, Fernando Cesar Nunes Saltão.

Outra notícia positiva para o setor é a chance de queda nos custos de produção, principalmente na dieta do gado.

A previsão de safra recorde no país deve aliviar a pressão nos custos da dieta e favorecer a margem dos invernistas. A expectativa é que a quantidade de animais terminados no confinamento volte a crescer em 2017 e ultrapassar quatro milhões de cabeças.

De acordo com a Associação Nacional de Pecuária Intensiva, os números são parecidos com os registrados em 2015. Os estados do Centro-Oeste vão ser mais beneficiados com a queda de custo da engorda do rebanho.

“O Brasil confinou em 2016 3,2 milhões de animais, e é bem possível que esse número volte aos patamares de 4 milhões de cabeças. Agora, vale ressaltar, que existe um número de animais sendo suplementados a pasto com níveis de suplementação cada vez mais alto e quando a gente vai para um ano com milho a preços mais baixos esse número de animais também aumenta”, afirma Saltão.

A tendência é que a queda nos preços no mercado de reposição também estimule os confinadores. A diferença de preços entre a arroba do boi magro e gordo, que chegou a 20% em anos anteriores, deve ser menor em 2017.