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União Europeia adiará lei contra desmatamento por mais um ano agora até 2026

A proposta da UE tem sido duramente criticada pelo Brasil entre outros países -, que alegam que cumprir tais regras será custoso e prejudicará suas exportações ao continente europeu

24 setembro 2025 - 13h42Por Portal DBO
União Europeia adiará lei contra desmatamento por mais um ano  agora até 2026

A União Europeia (UE) vai adiar o lançamento de sua lei anti-desmatamento pela segunda vez, postergando por mais um ano — até 2026 — a proibição de importações de produtos, como a carne bovina, provenientes de terras desmatadas após dezembro de 2020, informou nesta terça-feira (23/9) a comissária europeia do Meio Ambiente, Jessika Roswall. 

A nova proposta de prorrogação será submetida aos Estados-membros e ao Parlamento Europeu. A lei de desmatamento da UE estava prevista para entrar em vigor em 30 de dezembro de 2025.

Porém, essa legislação tem sido duramente criticada pelos governos do Brasil, Estados Unidos, Indonésia, entre outros.
Vários países europeus, entre eles Itália e Áustria, também pressionam para revisar o texto ou adiar sua entrada em vigor, criticando as “exigências impostas a agricultores e silvicultores, consideradas altas demais, impossíveis de aplicar”.

A comissária europeia do Meio Ambiente, Jessika Roswall, disse aos repórteres que a União Europeia (UE)  precisava de mais tempo para que a lei estivesse totalmente em operação, citando a necessidade de aperfeiçoamento no “sistema de TI” (tecnologia de informação) para monitoramento florestal.

“Temos preocupações em relação ao sistema de TI, dado o volume de informações que precisamos inserir… Isso também nos dará tempo para avaliar os diferentes riscos”, afirmou Jessika.

Reportagem da Reuters lembra que, em 2024, Bruxelas já havia adiado a lei por um ano, mas isso não foi suficiente para conter a oposição de parceiros comerciais, que alegam que cumprir as regras será custoso e prejudicará suas exportações para a Europa.

A lei de desmatamento da UE exigirá que empresas que vendem commodities como soja, carne bovina e óleo de palma nos mercados da UE comprovem que seus produtos não causam desmatamento.

“Essa política, pioneira no mundo, visa eliminar os 10% do desmatamento global impulsionados pelo consumo europeu de produtos importados, mas é uma parte politicamente controversa da agenda verde da Europa”, relata texto da Reuters.

O anúncio da Comissão Europeia chegou poucas horas após a conclusão de um acordo de livre comércio com a Indonésia, um país fortemente crítico dessa legislação europeia. Essa lei também é questionada pelos Estados Unidos, que assinaram um acordo comercial com a UE em julho/25.