O manejo sanitário dos bovinos no momento da troca do sistema extensivo para o intensivo requer muita atenção do pecuarista. “Muitos fatores podem atrapalhar a entrada dos animais no confinamento, causando queda da produtividade. É o caso da incidência de vermes e ocorrência do timpanismo”, explica Antônio Coutinho, gerente nacional de marketing da Vetoquinol Saúde Animal.
O primeiro passo é ter atenção à presença de vermes nos bovinos. A entrada de animais parasitados no confinamento compromete o desempenho dos lotes, já que o parasitismo afeta a conversão alimentar.
“O tratamento anti-helmintico deve ser feito antes de os animais entrarem no sistema de terminação intensiva. E o problema é sério. Os vermes causam prejuízos de cerca de R$ 40 bilhões anuais à pecuária. Não podemos ignorar um problema dessa magnitude”, reforça Coutinho.
Assim como os vermes, o timpanismo ou empanzinamento é outro desafio. A distensão abdominal, ocorrida devido ao excesso de gases gerados no sistema digestivo dos bovinos, pode resultar em perdas de animais, especialmente quando há lentidão na identificação e alívio dos sintomas.
Esse processo é comum na transição do pasto para o confinamento devido à troca brusca da alimentação, que passa a ser de fontes com alta digestibilidade. “Essa condição tem rápida evolução e a equipe de manejo precisa estar muito atenta. Caso contrário, haverá perdas de animais e consequentes prejuízos econômicos”, completa o gerente.