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Teve negócios por até R$ 8 a menos pela @ no MS, com a saída da JBS das compras, mas frigos estão es

19 outubro 2017 - 00h00Por Notícias Agrícolas

O quadro no Mato Grosso do Sul segue indefinido em relação ao fluxo de boi das fazendas para os frigoríficos concorrentes da JBS, depois que o grupo anunciou a saída das compras após a Justiça reter R$ 730 milhões por dívidas tributárias estaduais. O mercado parou depois que a decisão foi conhecida, na terça à tarde, e ontem depois do almoço alguns voltaram a comprar, mesmo com escalas prontas, situação que segue nesta manhã de quinta (19).

Túlio Denari, de Sidrolândia, viu negócios perderem R$ 8,00 na arroba, com lotes fechados a R$ 130,00 à vista. “Se a JBS tinha escalas até para 10 dias fechadas, com a saída sobrou boi que os médios e pequenos frigoríficos acabaram absorvendo a preços menores”, confirmou Denari. O grupo dos irmão Batistas estavam bancando a arroba em R$ 142,00 a prazo.

Questão de oportunidade, disse Leonardo Martins, outro pecuarista, de Campo Grande. Segundo ele, as médias e pequenas plantas que estão comprando estavam com escalas fechadas, para até mais de 10 dias, mas com os vendedores “feito loucos batendo nas portas”, naturalmente que acabam ganhando na barganha.

Para Martins, que trabalha também com gado orgânico, precificado com um plus sobre a arroba – “portanto sou obrigado a acompanhar a situação como um todo” – o momento requer calma e deverá ser resolvido rapidamente. E se não for resolvida a questão da JBS, somente na semana que vem ficará claro como deverá ser a pressão nos preços, já que todos deverão voltar ao mercado para abrir novas escalas.

Janes Bernardino Lírio, de Bandeirantes, tem 80 boi prontos, mas não vai negociar por enquanto por uma arroba que vinha em média de R$ 136,00. “Vão querer me espremer mesmo”, opinou, reforçando que consegue manter seu gado na boca de furna (região de serás com terras férteis que descem para o Pantanal), “descansando”.

Na Associação do Novilho Precoce, o superintendente Klauss Machereth também concorda com Leonardo Martins, dizendo que a situação ficará clara quando os frigoríficos abrirem as escalas para valer. “Claro, vai ter pressão, mas com todos comprando as negociações não ficarão tão desvantajosas para os produtores”, explicou.