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ELEIÇÕES 2022

Tereza Cristina é eleita senadora da República por Mato Grosso do Sul

Ex-ministra de Bolsonaro confirmou seu favoritismo e venceu os adversários com larga vantagem

03 outubro 2022 - 09h24Por CGNews

Confirmando do favoritismo, a ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, deputada federal Tereza Cristina (PP-MS), foi eleita senadora da República por Mato Grosso do Sul, superando com grande vantagem os demais concorrentes na disputa pela vaga no Senado.

Com 100% das urnas apuradas, Tereza obteve 60,85% dos votos válidos ou 829.149 votos, deixando para trás o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, com 15,12%, Tiago Botelho (PT), com 13,07%, Odilon de Oliveira (PSD), com 10,73%, Anizio Tocchio (Psol), com 0,15%, e Jefferson Bezerra (Agir), com 0,07%.

Tereza Cristina estava em seu segundo mandato como deputada federal pelo Estado. Apoiada fortemente pelo setor do agronegócio, se tornou braço direito do presidente Jair Bolsonaro onde comandou a pasta da agricultura na atual gestão.
 
Histórico

Natural de Campo Grande, nascida no dia 6 de julho de 1954, Tereza Cristina é filha de Fernando Augusto Corrêa da Costa e Maria Manuelita Alves de Lima Corrêa da Costa. Bisneta de Pedro Celestino Corrêa da Costa e neta de Fernando Corrêa da Costa, ex-governadores de Mato Grosso. É casada, mãe de dois filhos e avó de dois netos.

Formou-se em engenharia agronômica pela UFV (Universidade Federal de Viçosa) em Minas Gerais. No início da carreira, administrou fazendas da família. Depois se mudou para São Paulo, onde teve experiências profissionais em empresas privadas do agronegócio. No fim da década de 1990, fez parte da diretoria em diversas associações ligadas ao agronegócio de Mato Grosso do Sul, além de grupos sindicais representativos de classe, como: Aprosul (Associação dos Produtores de MS) e Acrissul (Associação dos Criadores de MS).

Foi diretora-presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), entre 2001 e 2003 e foi superintendente do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). Ex-ministra da Agricultura no atual governo do presidente de Jair Bolsonaro, Tereza Cristina disputou sua primeira eleição em 2004 pelo PSDB, quando concorreu à prefeitura de Terenos, cidade que atualmente possui pouco mais de 22 mil habitantes. Na ocasião, Tereza obteve 2.881 votos e acabou derrotada por seu colega de parlamento, deputado federal Beto Pereira.

Entre 2007 e 2014, participou ativamente da gestão do então governador André Puccinelli (PMDB), ocupando o cargo de secretária titular na Seprotur (Secretaria de desenvolvimento agrário, da produção, da indústria, do comércio e do turismo de MS). Também foi diretora da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal) e da MS Mineral (Empresa de Gestão de Recursos Minerais de MS), além de presidente do conselho nacional de secretários de agricultura no Estado.

Tereza Cristina Voltou às urnas em 2014, concorrendo a uma vaga de deputada federal pelo PSB, sendo eleita com 75.149 votos. No exercício do mandato, foi líder do PSB na Câmara liderando um grupo de 36 deputados, mas acabou destituída da liderança por discordar de algumas posições da sigla durante o governo Michel Temer (PMDB). Em 2017, migrou para o DEM, partido do qual também se tornou líder da bancada e em 2018 assumiu a presidência da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), grupo de parlamentares que defendem o agronegócio no Congresso Nacional.

Referência nacional entre os ruralistas, Tereza concorreu à reeleição nas eleições de 2018 pelo DEM, sendo reconduzida ao cargo com 75.068 votos. Antes mesmo se empossada para um novo mandato, foi anunciada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro como ministra da Agricultura, após longa reunião e discussão com integrantes da frente parlamentar da agropecuária. Quando tomou posse na Câmara dos Deputados, em janeiro de 2019, se licenciou para assumir a pasta da Agricultura.

O comando de uma das pastas mais importantes do País durou até 30 de março de 2022, quando pediu exoneração do cargo para disputar o Senado em Mato Grosso do Sul pelo PP. Durante a corrida eleitoral teve amplo apoio do presidente Jair Bolsonaro e de movimentos ligado ao agronegócio de todo o País. No pleito deste ano, Tereza Cristina declarou patrimônio de R$5.677.998,97 e recebeu R$2.725.192,31 em doações para a campanha.

Suplentes

A chapa da ex-ministra é formada por 1º e 2º suplentes, o Tenente Portela (PL) e o médico Paulo Salomão (PP), respectivamente. Tenente Portela - O primeiro suplente da candidata Tereza Cristina é o militar da reserva Aparecido Andrade Portela, o Tenente Portela. Nascido no interior de São Paulo, na cidade de Tabaraí, Portela atualmente reside em Campo Grande, é casado, tem 61 anos, ensino médio e disputa seu primeiro cargo político. Segundo a Justiça Eleitoral, tem R$ 269,6 mil em bens declarados.

Portela é amigo do presidente Jair Bolsonaro (PL). A relação entre os dois começou em 1979, quando Bolsonaro serviu no 9° Grupo de Artilharia de Campanha, em Nioaque, a 184 km de Campo Grande. Segundo suplente e atualmente desempenhando a função de vice-prefeito de Três Lagoas, cidade do interior do Estado distante 327 quilômetros de Campo Grande, Paulo Jorge Salomão da Câmara Nery, o Paulo Salomão, tem 42 anos e filiado ao PP (Progressistas). Em 2016 foi eleito vice-prefeito da cidade pela primeira vez, também sua primeira experiência na política, e reeleito para a função em 2020.

Médico especialista em Medicina Esportiva e Reabilitação pela USP (Universidade de São Paulo), é também empresário do ramo imobiliário e médico no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora. De acordo com a Justiça Eleitoral, ele tem R$ 886,2 mil em bens declarados.