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Técnica melhora produtividade do rebanho leiteiro

06 maio 2012 - 02h45Por Dia de Campo

Uma nova técnica promete melhorar a produção de leite bovino através da correção de imperfeições genéticas do rebanho. É o chamado acasalamento corretivo, um programa onde cada vaca é estudada e seus defeitos, do ponto de vista da produção de leite, são corrigidos.

Segundo Pedro Kani, gerente de pecuária da Secretaria de Agricultura do Espírito Santo, com base nos dados recolhidos das vacas, um computador é utilizado para correlacionar os touros disponíveis. Cada touro possui características específicas que serão transmitidas para suas filhas.

A técnica promete melhorar a produtividade em longo prazo. — Por exemplo, se uma vaca possui problema de úbere, será escolhido um touro para corrigir esse problema. Isso corresponde ao acasalamento corretivo, que nada mais é do que a utilização de um touro capaz de corrigir os defeitos apresentados pela vaca — explica.

De acordo com o gerente, embora a capacidade de passar as características de pai para filha seja pequena, sempre há uma melhora da característica a ser corrigida. Ele diz que, dependendo da falha apresentada pela vaca, ela fica estressada, o que pode repercutir na produção. Com o acasalamento corretivo, é possível evitar que esses problemas se reproduzam no rebanho, o que melhora a lucratividade. — A correção é feita ao longo de vários anos.

Portanto, é difícil medir a lucratividade dessa operação. De um ano para o outro isso não é mensurável. A base genética das raças muda a cada 5 anos. Por isso, só é possível comparar um dado de hoje e saber qual a devida evolução daqui a 5 anos — conta. Essa tecnologia, como afirma Kani, é recente e foi implementada pelas centrais de inseminação do país. É um trabalho complicado e a extensão rural do Brasil ainda tem uma ação bastante tímida em cima dessa novidade.

No entanto, mesmo o pequeno produtor pode realizar a operação na propriedade. — Para implantar o programa, é preciso que o produtor obtenha a orientação de um técnico. É preciso, portanto, identificar com clareza as deficiências que cada vaca apresenta para que as deficiências das gerações futuras sejam corrigidas — orienta.