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Setor de couro prevê elevar faturamento para US$ 3,8 bi

04 janeiro 2011 - 00h00Por Agrolink

O setor de couro prevê faturar mais de US$ 3,8 bilhões este ano, contra os US$ 3,4 bilhões previstos para o fechamento de 2010. O volume de abates deve superar a marca de 44 milhões de cabeças de gado ao longo de 2011, mantendo o Brasil como o segundo maior produtor de couro cru do mundo atrás da China. Os dados são do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).


As exportações de couro devem fechar 2010 com US$ 1,7 bilhão, receita 10% inferior à de 2008 e 46% superior à registrada em 2009. Para o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich, o grande fato do ano passado foi que a indústria brasileira do couro não conseguiu recuperar o preço médio das vendas do ano pré-crise mundial, fechando em média mensal de US$ 170 milhões, ante os montantes de 2008 quando o setor registrou exportações em torno de US$ 180 milhões.


Apesar das incertezas em relação à economia mundial, para 2011 a expectativa é que as exportações atinjam um total de US$ 2 bilhões. Goerlich acredita que o crescimento do faturamento futuro vai depender mais do aumento da produção de artigos de maior valor agregado do que da quantidade de couros trabalhados. "Apesar dos altos custos de produção em nosso país que inibem a industrialização e favorecem a exportação de matérias-primas e de produtos de baixo valor agregado, apostamos numa evolução positiva em médio prazo", disse.


Com uma produção de couros bovinos crus de aproximadamente 44 milhões de unidades em 2010, ante os 43 milhões de 2009, o País se mantém na frente da Índia e Estados Unidos no ranking de maiores produtores. "A nossa participação na produção mundial é de 13% com tendência crescente. Ficamos atrás apenas dos chineses. Para 2011 espero uma produção com certeza superior a 44 milhões", afirmou.


O presidente do CICB ainda destacou que com o faturamento global de todos os tipos de couro, de US$ 55 bilhões por ano, o Brasil representa aproximadamente 6,5% no mercado mundial em receita obtida, atrás de China, Itália e Índia. "Com estes números ficamos em uma das mais destacadas posições no ranking mundial. Na produção de couros crus bovinos ocupamos depois da China a segunda posição e em faturamento geral da indústria curtidora ocupamos a quarta posição depois da China, da Itália e da Índia", comentou ele.


O Rio Grande do Sul ainda é o maior polo de curtumes do País, seguido por São Paulo, considerado maior exportador, Paraná, Ceará, Bahia, Mato Grosso, Mato Groso do Sul, Goiás, Minas Gerais e Pará. "Nós ainda somos os maiores em industrialização de couro do País, com um volume de e 10 milhões de unidades anuais. Mas a aposta agora é investir em tecnologia e desenvolvimento genético, para melhorar a qualidade do couro", frisou Francisco Gomes, presidente da Associação das Indústrias de Curtume do Rio Grande do Sul (AICSul).


Apesar de todo o otimismo do setor, a valorização do real, os impostos altos e os atrasos na restituição dos créditos da exportação são alguns dos entraves que diminuem a capacidade de competição brasileira disse Goerlich. "Para nossa indústria que em grande parte depende da exportação, a burocracia excessiva e as altas contribuições sócias, particularmente em comparação com o nosso maior competidor, a China, são outros entraves. A nossa indústria é competitiva, apenas nos falta isonomia em relação aos nossos competidores."


Francisco Gomes, da AICSul, também defende as mudanças para melhorar a rentabilidade e competitividade do setor. "O problema do cambio piorou ainda mais a nossa competitividade. Precisamos reduzir o Custo Brasil para ampliarmos as nossas condições de igualdade com nossos concorrentes", contou.


Goerlich defende que o setor precisa investir permanentemente em inovação para agregar um diferencial no produto brasileiro ante a concorrência. "O setor precisa investir mais e de forma permanente em inovação, fomentando a criatividade e se orientar cada vez mais no modelo italiano. A única chave para sobreviver é a criação de produtos diferenciados e de preços mais altos", finalizou.


O setor de couro prevê faturar mais de US$ 3,8 bilhões este ano, acima dos US$ 3,4 bilhões inicialmente previstos para 2010. O volume de abates deve superar a marca de 44 milhões de cabeças de gado ao longo de 2011, mantendo o País como o segundo maior produtor mundial de couro cru, logo atrás da China. Os dados são do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).


As exportações de couro devem fechar 2010 com US$ 1,7 bilhão, receita 10% inferior à de 2008 e 46% superior à registrada em 2009. Segundo o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich, em 2010 o setor não conseguiu recuperar o preço médio das vendas do ano pré-crise mundial, fechando em média mensal de US$ 170 milhões, ante os montantes de 2008, quando o setor registrou exportações em torno de US$ 180 milhões.