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Servidores do Incra recebiam até R$ 20 mil por venda ilegal de lotes, diz PF

23 maio 2012 - 03h02Por G1 MS

A Polícia Federal suspeita que servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) facilitavam um esquema criminoso para vender ou transferir lotes destinados à reforma agrária em Corumbá e Ladário, na região oeste de Mato Grosso do Sul.

As investigações apontam que eles recebiam de R$ 3 mil a 20 mil por transferência ilegal, e pelo menos 200 lotes estariam irregulares. A segunda fase da Operação Gaia, deflagrada pela PF, levou à prisão dois integrantes do sindicato dos trabalhadores rurais de Corumbá nessa terça-feira (22). Pelo menos 20 pessoas foram ouvidas pela polícia.

Três servidores do Incra foram afastados dos cargos. "A conduta de cada um ainda está sendo levantada, mas já há elementos para justificar o afastamento cautelar das funções públicas", afirma o delegado Alexandre do Nascimento.A Polícia Federal suspeita que comerciantes e pecuaristas também podem estar envolvidos no esquema. "As irregularidades foram também do arrendamento, por parte dos assentados, dos lotes para pecuaristas e fazendeiros da região", diz Nascimento.

As fraudes foram descobertas em investigações com o apoio do Ministério Público Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), que começaram no passado. Desde março de 2011, todos os processos da reforma agrária em Corumbá e Ladário estão paralisados porque, na primeira fase da operação, a Polícia Federal apreendeu a documentação de todos os assentamentos rurais, que foi submetida à análise da CGU. Operação Gaia.

A primeira fase da Operação Gaia foi realizada em março deste ano, quando a PF cumpriu mandados de busca e apreensão nas sedes do Incra em Campo Grande e Corumbá. O material apreendido foi utilizado para a investigação sobre as irregularidades em concessões e aquisições dos lotes para reforma agrária.