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Semana fecha com estabilidade na arroba, com foco no resultado das vendas internas de carne

Nas praças de SP, porém, as indústrias locais decidiram ofertar R$ 5/@ a mais para todas as categorias de animais terminados, incluindo o "boi-China"

05 dezembro 2022 - 13h02Por José Roberto dos Santos
Semana fecha com estabilidade na arroba, com foco no resultado das vendas internas de carne

A primeira sexta-feira (2/12) de dezembro apresenta uma majoritária estabilidade nos preços da arroba no mercado físico do boi gordo, informa a IHS Markit.

“Apesar das condições ainda sinalizarem um viés de alta na arroba em todo o cenário nacional, as indústrias atuaram com maior cautela nesta sexta-feira”, reforça a consultoria.

Nas praças do interior de São Paulo – referência para outras regiões do País –, as indústrias locais, com necessidade de avançar as escalas, estão ofertando R$ 5/@ a mais para todas as categorias monitoradas pela Scot Consultoria, incluindo o “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses).

Dessa maneira, pelos números da Scot, a cotação para o boi gordo paulista está em R$ 285/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 265 /@ e R$ 275/@, respectivamente (preços brutos e a prazo).

O bovino destinado ao mercado chinês vale R$ 290/@ em São Paulo (preço bruto e a prazo), acrescenta a Scot.

Nesta sexta-feira, a IHS Markit observou panoramas dispares nas regiões produtoras do País. Há localidades no Centro-Sul – sobretudo MG, GO, SP e MS – onde a oferta de gado disponível para abate é mais enxuta e os volumes de boiada gorda provindos de parceria com boiteis, além de grandes confinamentos, já parecem terem se exaurido.

“Este ambiente abriu uma janela de alta nos preços da arroba entre essas regiões, já que as indústrias se voltam ao mercado spot para originar matéria-prima e compor as suas escalas de abate”, relata a Scot.

No entanto, nas regiões Norte e Nordeste, ainda há um volume de oferta de animais um pouco mais significativo, sobretudo em Tocantins, Pará e no Maranhão.

“A ocorrência de chuvas tem sido satisfatória nesses Estados e têm gerado bom suporte às pastagens, abrindo a possibilidade de retenção dos animais nas propriedades”, informa a IHS.

Assim, alguns pecuaristas situados nas praças do Norte e Nordeste aproveitam o ambiente favorável para barganhar melhores condições de preços.

Nesta sexta-feira, fundamentado pelo panorama de barganha, se observou avanço nas cotações no PA-Marabá, com preços do macho gordo evoluindo de R$ 253/@ para R$ 256/@, relata a IHS.

A vaca gorda também registrou ajuste positivo na mesma praça, em função da maior procura, avançando de R$ 243/@ para R$ 246/@.

No restante do País, relata a IHS, “muitas indústrias optaram por não sinalizar indicação de preço para o boi gordo, aguardando os resultados das vendas de carne bovina no mercado doméstico neste fim semana”.

Pecuaristas também focam as suas atenções ao consumo interno da proteína, de modo a estabelecer estratégias de vendas mais ativas diante de uma possível demanda mais aquecida, acrescenta a IHS.

“É bom lembrar que dezembro tem como característica o incremento sazonal de vendas internas da proteína bovina”, dizem os analistas da consultoria, que acrescentam: “Este primeiro final de semana deverá registrar os primeiros sinais de uma real efetivação da retomada do consumo”.

A expectativa de maior demanda pela carne bovina é reflexo do esperado aumento do poder aquisitivo da população, devido ao recebimento da primeira parcela do 13º salário, além dos salários de início do mês.

As comemorações em torno dos jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo e festas de final de ano também devem contribuir para o aquecimento do consumo da proteína vermelha, de longe a preferida dos brasileiros.

Cotações máximas de machos e fêmeas nesta sexta-feira, 2/12
(Fonte: IHS Markit)

SP-Noroeste:

boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 266/@ (prazo)
vaca a R$ 248/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 249/@ (à vista)
vaca a R$ 229/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 246/@ (à vista)
vaca a R$ 230/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca R$ 261/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 258/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 261/@ (à vista)