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Safra atual de algodão será mais dirigida ao mercado interno, prevê Conab

17 março 2011 - 00h00Por 24 horas news

Os aumentos da área plantada (56% de 2009 até hoje) e do preço pago pelo algodão, que subiu de R$ 35 a arroba, na safra passada, para R$ 120 agora, levam o gerente de Levantamento e Avaliação de Safra, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Carlos Bestetti, a acreditar que não haverá perdas na atual safra 2010/2011 e que ela será mais dirigida para o mercado interno.

Para Bestetti, a safra prevista afasta qualquer problema de desabastecimento da indústria nacional. “Este ano, a produção está mais dirigida para o mercado interno”. A reclamação das empresas está vinculada ao preço, que subiu muito, tanto no mercado doméstico como no internacional. As safras, em geral, são comercializadas com uma antecedência média de três anos.

“O pessoal está reclamando do preço atual, porque vão pegar [o algodão] de fornecedores e não do produtor. E hoje quem está mandando no mercado são as tradings [empresas comerciais estrangeiras], as grandes empresas que compram em quantidade. O produto já está negociado”, explicou.

A estimativa é de uma safra recorde da ordem de 1,95 milhão de toneladas. O gerente da Conab disse à Agência Brasil que a confirmação desse número vai depender do clima “daqui para frente”. A safra 2009/2010, que atingiu 1,19 milhão de toneladas de algodão em pluma, mostrou redução em relação à safra anterior (1,21 milhão de toneladas), em decorrência da seca no final do ciclo da cultura. Mas, o resultado comercial foi maior, ressaltou.

Bestetti disse ainda que a perspectiva é de expansão para a cotonicultura brasileira. “Tem dois anos ainda para acontecer, porque o mercado externo está desabastecido, a produção da Índia não vai recuperar a tempo e os outros países que produzem também não. Tanto o mercado interno como externo estão compradores”. Esse é um bom sinal para o produtor brasileiro. “É um bom indicativo de que ele vai ter mais um ano de safra cheia”.

Segundo o gerente da Conab, o Brasil ainda é carente de produtores de algodão. Apenas quatro ou cinco estados produzem bastante. O resto são nichos. Bestetti afirmou que a maioria dos agricultores não dispõe de condições financeiras necessárias para iniciar a produção de algodão. “Precisa de investimento alto em maquinaria e instalações”. Somente uma máquina para colher algodão custa hoje em torno de R$ 1 milhão, informou.