O resultado da missão russa, que vistoriou 29 frigoríficos brasileiros de carne bovina, suína e de aves e industrializados, acabou em suspensão temporária das importações de oito estabelecimentos e a manutenção de restrições a 13. Outros oito frigoríficos seguem em análise. Os nomes das empresas não foram divulgados, no entanto, cinco das oito plantas embargadas são da BR Foods. No RS, os russos vistoriaram as plantas da Brasil Foods (Marau), Cotrijuí (São Luiz Gonzaga), Doux Frangosul (Caxias do Sul), e Marfrig (Bagé).
Em nota, o Ministério da Agricultura informou que na segunda quinzena de maio uma comitiva viaja ao país para rechaçar o bloqueio. Conforme o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa, Luiz Carlos Oliveira, não há, a princípio, motivos sanitários que justifiquem a atitude. O texto "levanta a hipótese de que possa haver outras motivações para as medidas". O Mapa informa que já determinou nova supervisão dos processos produtivos nas 29 plantas visitadas. Entidades representativas dos setores no Estado desconhecem que qualquer uma das plantas esteja localizada no Rio Grande do Sul.
Segundo o presidente Sicadergs, Ronei Lauxen, a restrição não deve representar prejuízos, já que o problema não seria nas plantas e, sim, de critérios. Otimista, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, acredita na resolução do problema. "Há mais barulho do que consistência técnica."
