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Roberto Rodrigues defende candidatura brasileira ao comando da FAO

14 abril 2010 - 00h00Por Agência Brasil.

O ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Roberto Rodrigues defendeu na noite desta terça-feira (13/04) a reestruturação da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO, na sigla em inglês), propondo que o Brasil seja um candidato a disputar as eleições para a troca de comando daquele organismo.

Segundo ele, as ações da FAO estão enfraquecidas porque, há 28 anos, a gestão da entidade tem sido dividida meio a meio entre nações sem expressividade no comércio agrícola internacional, como Senegal e Líbano. “A minha ideia é que depois de 14 anos na Ásia e 14 anos na África, seja a vez da América Latina. Está mais ou menos tratado e combinado no âmbito das Nações Unidas que a FAO venha a ser dirigida pela América Latina”, disse.

Para ele, com a escolha, o Brasil seria o mais forte candidato porque “tem domínio de tecnologia, competência de mercado, além de ser o exportador de oito commodities agrícolas”. Na sua opinião, o país poderia criar regras e ações dentro da FAO capazes de reduzir, sensivelmente, o número de famintos no mundo.

Rodrigues participou do anúncio da realização do encontro World Agricultural Forum (WAF), que vai reunir, nos próximos dias 12 e 13 de maio, em Brasília, DF, especialistas do setor para debater questões como o abastecimento mundial de fibras, biocombustíveis e água e os desafios na produção mundial de alimentos de forma a dobrar a oferta atual até 2050.

O ex-ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, também esteve no evento e alertou que, em 2050, o planeta terá 9 bilhões de pessoas, o que representará uma demanda por alimentos bem maior que a atual, quando o mundo tem 6,7 bilhões de habitantes. A grande questão, segundo ele, é que 80% do consumo ficarão concentrados em oito países dos quais apenas um está na lista de exportadores, os Estados Unidos.

Sozinho, o país deverá abocanhar 21% dessa demanda. Os demais citados por eles são a Índia, China, o Congo, a Nigéria, o Paquistão e a Indonésia e Bangladesh.