O rebanho bovino brasileiro totalizou de 238,2 milhões de cabeças em 2024, uma queda de 0,2% em relação a 2023. O volume é o segundo maior da série histórica iniciada em 1974, sendo superado apenas pelo total registrado no ano passado.
Os dados são da pesquisa Produção da Pecuária Municipal (PPM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na quinta-feira, 18. O recuo se deve ao volume histórico de abates no ano passado que, segundo o IBGE, alcançou 39,7 milhões de cabeças, especialmente de fêmeas.
“Nesse caso, a queda de bovinos, ocorre em função do ciclo pecuário. Há alguns anos o abate de fêmeas está elevado, em função dos preços do bezerro e da arroba, que desestimularam a retenção de fêmeas para reprodução, sendo assim era esperada uma redução no rebanho”, explicou a pesquisadora do IBGE, Mariana Oliveira.
Ranking
No ranking estadual, Mato Grosso liderou a criação de bovinos, com 13,8% do efetivo nacional, 32,9 milhões de animais. O Pará ocupou a segunda colocação em 2024, com 25,6 milhões de animais, 10,7% do rebanho nacional, seguido por Goiás, com 23,2 milhões de bovinos, uma participação de 9,7%.
O município de São Félix do Xingu, no Pará, manteve a liderança do ranking com um rebanho estimado em 2,52 milhões de cabeças, o equivalente a 1,1% do total brasileiro.
O segundo lugar foi de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, com 2,2 milhões de animais, 0,9% do efetivo nacional. Em terceiro Porto Velho, em Rondônia, com 1,79 milhão de bovinos, 0,8% do rebanho brasileiro, seguido por Cáceres, em Mato Grosso, com 1,31 milhões e Marabá, no Pará, com 1,29 milhões de cabeças.
Somados, esses cinco municípios respondem por 3,9% do rebanho bovino nacional, totalizando 9,2 milhões de animais, indica o IBGE.