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Produtores buscam nas terras

28 junho 2010 - 00h00Por Gazeta Digital. por Wisley Tomaz.

Uma comitiva da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja/MT), jornalistas e produtores rurais visitam a África, no final de julho, para conhecer a realidade agrícola de alguns países daquele continente. O presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, explica que houve o convite por parte dos africanos mas, à princípio, não há planos para investimentos. "Há uma intenção de troca de tecnologia, já eles possuem solo e clima favoráveis, mas ainda não dominam determinadas técnicas de produção", detalha.

Também em julho, outro grupo mato-grossense vai visitar a Mauritânia e a Etiópia a convite dos governos locais, que oferecem incentivos como isenção tributária e boas condições de financiamento para atrair investimentos estrangeiros. Empresas brasileiras que investem em tecnologia agrícola, como a Irriger, estão implantando sistemas de irrigação no Sudão desde 2008. Convidada pelo governo, a companhia desenvolve projetos em fazendas de milho, soja, algodão e cana. E o grupo mato-grossense Pinesso vai começar a plantar algodão e soja no Sudão em parceria com uma empresa local. A expectativa é plantar 100 mil hectares nos próximos quatro anos. Os atrativos são o baixo preço das terras e dos custos de produção, proximidade com os mercados europeus, asiáticos e do Oriente Médio.

A savana africana é tida como o novo Cerrado para a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e segundo a organização, a região pode se tornar um centro mundial de produção de grãos e alimentos, já que apenas 10% de sua área agricultável é utilizada.

Há alguns anos, o pesquisador Flávio Moscardi, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), prestou consultoria ao projeto de desenvolvimento de produto biológico à base de baculovírus para o controle da lagarta militar africana (Spodoptera exempta), praga que causa prejuízos econômicos a pastagens e cereais na Tanzânia, no Quênia, e em outros países da região abaixo do deserto do Saara. O projeto é coordenado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA/ARS), com execução do Natural Resources Institute, da Inglaterra. O pesquisador brasileiro foi convidado a participar do projeto pela experiência adquirida no Brasil com o controle biológico da lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis).