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BOI GORDO

Primeira semana cheia de fevereiro é marcada pela estabilidade nos preços da arroba

Embora os pecuaristas tenham dificuldade em barganhar melhores cotações pelo gado terminado, momento é favorável ao setor de exportação de carne bovina

12 fevereiro 2024 - 07h31Por DBO Rural

Nas praças de São Paulo, os preços do boi gordo no mercado físico andaram de lado durante a semana, relata na última sexta-feira (9/2) o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria.

Em algumas outras regiões brasileiras, porém, a pressão de baixa ganhou força, acrescenta Fabbri, principalmente em função da menor qualidade das pastagens em parte do Brasil Central e maior oferta de fêmeas que não emprenharam na atual estação de monta. “Essa tônica, nos próximos meses, deverá ditar o mercado do boi”, antecipa o analista.

Segundo a Scot, em função do feriado prolongado de Carnaval, boa parte das indústrias frigoríficas brasileiras deve ficar fora das compras de boiadas gordas até a Quarta-feira de Cinzas, de olho nos resultados de consumo de carne bovina durante o período de festas.

Os dados apurados pela Scot indicam um boi gordo valendo R$ 235/@ no mercado paulista, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 210/@ e R$ 230/@, respectivamente (valores brutos, no prazo). A cotação do “boi-China” também segue estável no Estado de São Paulo, em R$ 245/@ (prazo, bruto), com ágio de R$ 10/@ sobre o animal “comum”.

De acordo com avaliação da Agrifatto, apesar do estratégico afastamento das negociações por parte de várias indústrias brasileiras, nesta véspera do início do período carnavalesco, as escalas de abate fecharam em situação desconfortável, com média nacional de sete dias, justamente quando seria propício para a sua expansão.

“É importante considerar que o encurtamento das programações pode se intensificar durante a próxima semana, que está recheada de pontos facultativos e meio feriados”, antecipa a Agrifatto.

Na sexta-feira, segundo levantamento da Agrifatto, a cotação média do boi gordo em São Paulo permaneceu em R$ 235/@. “Três das 17 praças acompanhadas desvalorizaram o preço da arroba: GO, MS e PR”, informa a consultoria. As demais 14 regiões mantiveram cotações laterais, acrescenta.

Na B3, todos os contratos futuros registraram quedas significativas na quinta-feira (9/2). O contrato com vencimento para fevereiro/24 encerrou o pregão cotado em R$ 239,60/@, representando recuo de 0,33% em relação ao dia anterior.

Felipe Fabbri, da Scot, lembra que, em fevereiro de 2023, o “mal da vaca louca” assombrava o mercado pecuário brasileiro, devido ao registro de um caso atípico da doença no Pará. Neste fevereiro de 2024, por enquanto, as notícias seguem satisfatórias ao setor de exportação de carne bovina do Brasil.

Além da expectativa de liberação, em breve, de novas plantas para exportação à China, recorda Fabbri, o segmento brasileiro foi favorecido pela “autorização de vendas de mais Estados brasileiros à exportação de carne bovina ao Canadá e pela habilitação de mais frigoríficos a exportarem à Rússia”.

Os novos frigoríficos habilitados para exportar ao mercado canadense estão localizados no Acre, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, Amazonas e Mato Grosso. Antes, Santa Catarina já estava habilitada.

Por sua vez, diz a Scot, a Rússia autorizou mais frigoríficos brasileiros a exportar carne bovina e de frango. A maior parte dos frigoríficos habilitados foi para a carne de frango. Para a carne bovina, a habilitação foi para o frigorífico em Confresa (MT), informa a Scot, acresentando: em 2023, a Rússia comprou 50,4 mil toneladas de carne bovina in natura, volume 33,1% maior que em 2022.

Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto nesta sexta-feira (9/2):

São Paulo — O “boi comum” vale R$ 225,00 a arroba. O “boi China”, R$ 245,00. Média de R$ 235,00. Vaca a R$ 215,00. Novilha a R$ 225,00. Escalas de abates de nove dias;

Minas Gerais — O “boi comum” vale R$ 215,00 a arroba. O “boi China”, R$ 235,00. Média de R$ 225,00. Vaca a R$ 205,00. Novilha a R$ 215,00. Escalas de abate de sete dias;

Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$ 225,00 a arroba. O “boi China”, R$ 235,00. Média de R$ 230,00. Vaca a R$ 210,00. Novilha a R$ 215,00. Escalas de abate de oito dias;

Mato Grosso — O “boi comum” vale R$ 210,00 a arroba. O “boi China”, R$ 220,00. Média de R$ 215,00. Vaca a R$ 195,00. Novilha a R$ 200,00. Escalas de abate de seis dias;

Tocantins — O “boi comum” vale R$ 210,00 a arroba. O “boi China”, R$ 220,00. Média de R$ 215,00. Vaca a R$ 195,00. Novilha a R$ 200,00. Escalas de abate de sete dias;

Pará — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$ 210,00. Vaca a R$ 195,00. Novilha a R$ 200,00. Escalas de abate de oito dias;

Goiás — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$230,00. Média de R$ 220,00. Vaca a R$ 200,00. Novilha a R$ 210,00. Escalas de abate de dez dias;

Rondônia — O boi vale R$ 200,00 a arroba. Vaca a R$ 185,00. Novilha a R$ 190,00. Escalas de abate de doze dias;

Maranhão — O boi vale R$ 210,00 por arroba. Vaca a R$ 195,00. Novilha a R$ 200,00. Escalas de abate de quinze dias;

Paraná — O boi vale R$ 230,00 por arroba. Vaca a R$ 210,00. Novilha a R$ 215,00. Escalas de abate de oito dias.