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Presidente da Embrapa fala na OCDE que ciência na agricultura brasileira é destaque

Celso Moretti falou sobre tecnologias de adaptação às mudanças climáticas e mitigação da emissão de gases de efeito estufa

14 setembro 2022 - 08h17Por Embrapa

Na última sexta-feira, 9, o presidente Celso Moretti deu palestra na sede da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em Paris. Ele abordou a base de ciência e de práticas sustentáveis que constituem a agricultura brasileira. O público presente foi de cerca de 80 representantes dos 36 países que fazem parte da organização, num evento que também foi transmitido pela internet.

O objetivo dos organizadores, explica Carlos Márcio Cozendy, delegado do Brasil junto a Organizações Internacionais Econômicas, foi apresentar a perspectiva de uma “potência agroambiental e um dos principais exportadores mundiais de alimentos num momento de intensificação da cooperação e no processo de tentativa de acesso do Brasil à OCDE”.

Celso Moretti falou sobre tecnologias de adaptação às mudanças climáticas e mitigação da emissão de gases de efeito estufa. Ele aproveitou a oportunidade para abordar a evolução da agricultura brasileira a partir do investimento em ciência e seus impactos na produção de alimentos que transformaram o país de importador em uma das lideranças mundiais em exportação.

Moretti disse que a agricultura brasileira é descarbonizante há décadas, citando como exemplos e descrevendo a fixação biológica de nitrogênio e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. O presidente da Embrapa fez uma comparação entre o aumento da produção e o aumento de área, abordando o efeito poupa-terra. Ele também e descreveu uma das conquistas mais recentes da ciência brasileira, a expansão e potencial do trigo tropical.  

Para Celso Moretti, eventos como esse ampliam o conhecimento de lideranças internacionais sobre a agricultura brasileira, desfazendo mitos, interpretações erradas e ajudando a esclarecer os motivos que levaram o Brasil a ser uma potência mundial na produção de alimentos.

“A visão internacional do Brasil muitas vezes é baseada em notícias relacionadas a queimadas e desmatamento. Precisamos mostrar o outro lado. A ciência brasileira, por exemplo, permite produzir sem ocupar novas áreas. Um exemplo que sempre chama a atenção são as tecnologias para transformar pastos degradados em agricultura sem invadir áreas nativas e, particularmente, sem tocar na Amazônia”, explica.

Segundo Carlos Cozendey, o evento foi uma oportunidade para que os países membros da OCDE descobrissem um pouco mais sobre “iniciativas exitosas que aliam produção e conservação, tecnologias voltadas para o aumento da capacidade adaptativa dos sistemas agropecuários, sua contribuição para a mitigação de carbono na agricultura e os esforços para implementação da bioeconomia como modelo-chave para o desenvolvimento sustentável de oceanos e florestas”.

Celso Moretti participou de dois Agritalks consecutivos. Um deles foi em Lisboa, dia 8, abordando a economia sustentável no Brasil e em Portugal. Em Paris, na OCDE, a programação foi voltada para mostrar a sustentabilidade e competitividade especificamente da agricultura brasileira.