Os preços internos do milho seguem avançando, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, o suporte vem da retração de vendedores, que estão focados nas atividades de campo e no desenvolvimento das lavouras, além da paridade de exportação elevada.
Pesquisadores explicam que muitos produtores, atentos à maior presença de compradores no mercado na última semana, se afastaram das negociações, à espera de novas valorizações do cereal.
De modo geral, vendedores ofertam novos lotes apenas quando há necessidade de fazer caixa no curto prazo e/ou de liberar parte dos armazéns.
Conforme o Centro de Pesquisas, as altas de preços só não foram mais intensas porque parte dos consumidores utiliza estoques em detrimento de realizar novas aquisições.
Soja
A sinalização de retomada parcial das compras de soja da China nos Estados Unidos pressionou os prêmios de exportação no Brasil, apontam levantamentos do Cepea.
Segundo o Centro de Pesquisas, os contratos para embarque em 2026 retornaram a patamares negativos, movimento que não era observado desde julho deste ano.
Mesmo assim, as cotações da oleaginosa no mercado físico se mantiveram firmes ao longo da última semana.
Vendedores brasileiros mostraram preferência por negociar novos lotes com entrega imediata (spot) e pagamento longo, no intuito de garantir os atuais patamares de preço, conforme explicam pesquisadores do Cepea.
Quanto à safra 2025/26, a Conab projeta recorde de 177,6 milhões de toneladas. Nesta estimativa, a Companhia já prevê menor produtividade no Centro-Oeste do País, devido aos possíveis impactos do fenômeno La Niña.
Ao mesmo tempo, bons volumes de chuva nos últimos dias trouxeram alívio e otimismo ao setor.




