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Mercado pecuário

Preços do boi gordo seguem firmes e dados históricos apontam um nov/25 favorável aos pecuaristas

Nos anos de 2019 e 2023, por exemplo, as cotações da arroba registraram forte aumento de 23,2% e 12,5%, respectivamente, entre os meses de outubro e novembro, destaca a Agrifatto

28 outubro 2025 - 15h08Por Da Redação | Portal DBO | Com informações da Scot Consultoria
Preços do boi gordo seguem firmes e dados históricos apontam um nov/25 favorável aos pecuaristas

As cotações do boi gordo abriram a segunda-feira (27/10) com estabilidade nas principais praças pecuárias brasileiras, mas o mercado segue operando com viés de alta, refletindo sobretudo a redução no abate de fêmeas, a menor oferta de animais confinados e o ritmo forte das exportações de carne bovina in natura, relata a equipe de analista da Agrifatto.

Na última semana, o indicador Datagro (praça paulista) do boi gordo encerrou com média de R$ 311,26/@, acumulando elevação de 0,66% no comparativo semanal.

“Apesar do movimento tímido de alta, o histórico entre outubro e novembro indica que o décimo primeiro mês do ano costuma ser marcado por valorizações nos preços do boi gordo, com média de 4,5% e picos significativos, como os registrados em 2019 (23,2%) e 12,5% (em 2023)”, destaca a Agrifatto, referindo-se ao comportamento do mercado de São Paulo.
Esse comportamento, ressalta a consultoria, reforça a expectativa de que a arroba apresente um movimento de alta mais consistente nas próximas semanas.

Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, na praça de São Paulo, o boi gordo “comum” está cotado em R$3 11/@, a vaca gorda em R$ 287/@, a novilha terminada em R$ 301/@ e “boi-China” segue valendo R$ 316/@ (preços brutos, no prazo).

Em Mato Grosso do Sul, segundo o mesmo indicador, a arroba do boi gordo está cotada a R$ 316,00 nas praças de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. O boi-China segue firme na casa dos R$ 325,00, ainda a melhor cotação do Brasil. 

Leves oscilações no mercado futuro

O contrato futuro do boi gordo com vencimento em outubro/25 encerrou o pregão da B3 da sexta-feira (24/10) em R$ 313,70/@, com alta de 0,50% em relação ao fechamento da semana anterior. 

Por sua vez, os contratos para entrega em novembro/25 e dezembro/25 apresentaram ligeiros recuos semanais de 0,02% e 0,09%, fechando a sexta-feira em R$ 325,05/@ e R$ 329,40/@, respectivamente. O contrato de janeiro/26 teve leve valorização de 0,09%, encerrando em R$ 330,45/@

Bons ágios

Os contratos futuros continuam a indicar um ágio relevante com relação aos preços físicos, destaca a Agrifatto. 

Em relação ao papel com vencimento em novembro/25, a diferença entre o físico e o preço futuro está em R$ 12,84. Para o contrato de dezembro, essa diferença é de R$ 17,19, enquanto o contrato de janeiro/26 aponta um ágio de R$ 18,24. 

Balanço do mercado chinês

Segundo dados divulgados pela Agrifatto com base em informações do governo chinês, o país asiático voltou a intensificar suas compras de carne bovina em setembro de 2025, importando 319,47 mil toneladas, o maior volume de 2025 e avanço  de 22,4% em relação ao resultado de agosto/25. 

No acumulado de janeiro a setembro, as importações de carne bovina da China somaram 2,13 milhões de toneladas, um crescimento de 1,35% sobre o volume obtido em igual período de 2024, consolidando o país como o maior comprador global da commodity. 

Entre os fornecedores, destaca a Agrifatto, o Brasil seguiu absoluto no mercado, com 54% de participação em setembro/25 (o equivalente a 171,02 mil toneladas), o que significou a maior fatia desde dezembro/24 e o maior volume mensal já absorvido pela China.

“Esse movimento dos importadores chineses reflete a recomposição dos estoques e a recuperação da demanda global, com o mercado atacadista local registrando alta nos preços”, observa a Agrifatto. 

No entanto, relembra a consultoria, o setor de importação de carne bovina da China opera sob incerteza regulatória, devido à investigação de salvaguarda conduzida pelo Ministério do Comércio desde dezembro de 2024. 

“A decisão, que adiada para novembro de 2025, poderá resultar em tarifas mais altas ou cotas de importação,  o que vai definir o ritmo das compras chinesas nos próximos meses”, antecipa a Agrifatto.