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Pioneirismo da pecuária de MS conquista prêmio internacional

Anúncio foi sábado (18.10) em Nairóbi (Quênia) e contempla protagonismo na assinatura dos primeiros contratos de crédito de carbono. O reconhecimento é inédito para o Brasil

20 outubro 2025 - 15h42Por Gabriela Dias jornalista e publicitária

A reportagem “Crédito de carbono chega à pecuária”, capa da edição de julho/2024 da Revista DBO, de São Paulo, faturou a medalha de prata no IFAJ Star Prize 2025, prêmio mundial organizado pela International Federation of Agricultural Journalists (IFAJ), organização que reúne profissionais de imprensa especializados em ciência agroindustrial de 60 países. O anúncio aconteceu no sábado (18.10), durante o encerramento do congresso anual da federação, em Nairóbi, Quênia (África). 

O trabalho, em seis páginas, de autoria do jornalista mineiro (radicado desde 1986 em Campo Grande, MS), Ariosto Mesquita Duarte (que também assina as fotos, inclusive da capa), revela os primeiros contratos de crédito de carbono firmados por pecuaristas brasileiros, marcando a viabilidade de uma nova fonte de renda para propriedades rurais sustentáveis no País. O principal case, que dá sustentação à reportagem, é o da Fazenda Saltinho, em Camapuã, Mato Grosso do Sul.

Em março de 2024, seu proprietário, Elinaldo Paniago, assinou contrato para recebimento de um valor projetado em US$ 270 mil (perto de R$ 1,45 milhão na cotação de 17.10.2025) em 2029. O dinheiro “extra” é resultado das práticas de conservação em um projeto que envolve 1.729 hectares considerando a propriedade em Camapuã e outra - Fazenda Santa Stella – arrendada por ele em Chapadão do Sul (MS). 

Como seu modelo gera créditos de carbono, o montante foi adquirido por uma empresa especializada que repassa (revende) para quem precisa comprar. Em resumo, intermedia o processo comercial em um mundo onde quem mais emite gases de efeito estufa têm o direito de compensar comprando créditos daqueles que mais sequestram.

Este é o quarto prêmio internacional da carreira de Ariosto Mesquita que, no próximo mês de dezembro, completa 40 anos de jornalismo. Anteriormente, já havia subido ao pódio por três vezes (2º e 3 lugares) no Prêmio Alltech de Jornalismo, em Lexington, Kentucky, EUA, nos anos de 2016, 2017 e 2019. Considerando também as conquistas no Brasil, este é o 39º prêmio recebido pelo jornalista, graduado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (MS) com formação também em marketing (pós-graduação) e em produção e gestão agroindustrial (mestrado). 

O reconhecimento da reportagem de Mesquita na categoria mídia impressa foi muito comemorado pela Rede Brasil de Jornalistas Agro (Agrojor) – do qual ele é associado fundador -, que reúne mais de uma centena de profissionais especializados. A entidade ainda emplacou outra vitória no Quênia: 2º lugar na categoria Cultura Rural, para o jornalista e associado Leandro Fidelis, da Revista Conexão Safra, do Espírito Santo. Os dois são os primeiros brasileiros a serem reconhecidos pela premiação, aberta à participação de profissionais de imprensa de 60 países diferentes.