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Pecuaristas gastam até 600 milhões por ano com vacina da aftosa

26 junho 2017 - 00h00Por Notícias Agrícolas

Sebastião Guedes, vice-presidente do Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC), afirma que o embargue de carne brasileira pelos Estados Unidos, pela formação de abscessos ou outras lesões causadas pela vacina da febre aftosa é um erro primário e que deve levantar novamente as discussões em relação fim da vacinação.

"Já temos mais de 118 milhões de cabeças em áreas onde a doença não é diagnosticada há mais de quatro anos. Esse é o prazo estabelecido pela a Panaftosa (Centro Panamericano de Febre Aftosa)", pondera Guedes lembrando que os grandes países em produção pecuária já não possuem mais a vacinação.

Para ele o Brasil poderá alcançar o status de livre, sem vacinação, até 2021, iniciando o processo a partir do primeiro semestre de 2019, pelo estados do Acre e Rondônia. "Temos todas as condições de fazer, os países da América do Sul possuem um bom controle sanitário e isso só beneficiaria a pecuária nacional", diz.

A medida garantiria melhor rentabilidade aos produtores, que além de ter problemas com a vacinação, chegam a gastar por ano 600 milhões com doses para aplicação.

"São problemas que diminuíram a rentabilidade do criador nos últimos anos, na chamada toalete da carcaça. Muitos perderam até 6 kg de peso morto no abate dos bovinos, onerando de R$ 20 a R$ 30 na comercialização", acrescenta.

Além de propiciar ganho aos produtores, o status de livre de vacinação também garantirá acesso a mercados de melhor remuneração. Como exemplo, Guedes cita o preço pago pela tonelada da língua bovina no Japão, que chega a 20 mil dólares, contra os US$ 4 mil ofertados por outros países que aceitam a entrada de produto com a vacina.

Guedes também ressalta que as medidas para o controle de foco da doença foram atualizados, dispensando grandes matanças como ocorreram em outros anos. "Hoje a OIE recomenda a interdição no raio de 6 km do foco abatendo somente os animais infectados, depois a vacinação perifocal da região, recuperando o status em apenas seis meses", explica.