O presidente da Acrissul (Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul), Chico Maia, na intenção da implantação do Certificado de Produção Sustentável para o gado pantaneiro, esteve nesta terça-feira (25), na Assembléia Legislativa, para a apresentação do Estudo da Embrapa Gado de Corte sobre a preservação do Pantanal.
O documento aponta que essa região, de 140.000 km, possui cerca de 85% de sua área nativa. Para Maia, essa preservação é resultado de uma produção com responsabilidade e que esse é um grande fator que precisa ser investido e incentivado pela classe juntamente com autoridades. “O estudo comprova que o Pantanal apresenta o Bioma mais preservado do País e com isso queremos diferenciar a produção dessa região através de um selo de certificação que diferencie a carne com a qualidade da pecuária sustentável”, comenta Maia, ressaltando ainda que “se quem desmata paga ônus, quem preserva tem que ganhar bônus”.
O presidente da ABPO (Associação Brasileira de Pecuária Orgânica), Leonardo Leite de Barros, explica que “os 250 anos de pecuária no Pantanal e a preservação que hoje se encontra é a prova de uma produção sustentável, no entanto, precisamos de incentivo do Governo para aumentarmos ainda mais a produção de forma ecológica e melhorar o cenário da pecuária no Estado”.
O parlamentar Márcio Fernandes, presidente da Comissão de Agricultura e Políticas Rural, Agrária e Pesqueira, garante apoio da bancada e reconhece a necessidade da diferenciação na comercialização do produto no mercado. “Estaremos ao lado da classe produtora e se preciso for estudaremos uma proposta para a criação de um Projeto de Lei que contemple esse ideal. “O procedimento agora é estudar uma PL que contemple à esse pedido e principalmente que valorize a produção”, finaliza.