Depois de recuar em agosto/25, os abates de bovinos em plantas brasileiras sob inspeção federal (SIF) voltaram a crescer em setembro/25, atingindo 2,64 milhões de cabeças, um avanço de 0,68% em relação ao mês anterior, informa a Agrifatto.
O destaque ficou para as fêmeas, que apresentaram retração mensal de 7,58%, totalizando 939,6 mil cabeças, o menor volume desde dezembro/24, segundo os dados da consultoria.
Com isso, a participação das fêmeas no total abatido no mês passado caiu para 35,5%, redução de 3,17 pontos percentuais sobre agosto/25 (também o menor patamar desde dezembro de 2024).
No entanto, em comparação com igual período de 2024, os abates de vacas e novilhas cresceram 34,5%, alcançando o maior volume já registrado para um mês de setembro.
Segundo a Agrifatto, a redução na presença de fêmeas é um movimento esperado para o segundo semestre.
“À medida que avança a estação de monta, parte das matrizes é retida para emprenhar, diminuindo sua oferta para abate”, justiça a consultoria.
Paralelamente, diz a Agrifatto, os machos passam a ganhar espaço nas escalas, impulsionados pelas saídas de confinamento, especialmente nos meses de setembro e outubro, quando se concentram os maiores volumes de terminação.
“Esse comportamento reforça a sazonalidade típica do setor: fêmeas predominam nos primeiros meses do ano, enquanto os machos assumem protagonismo na reta final do ciclo”, ressaltam os analistas da Agrifatto.
Machos nos ganchos
Entre os machos, houve incremento de 5,89% nos abates de setembro/25, somando 1,70 milhão de cabeças, o maior patamar desde agosto de 2024. Na comparação com setembro/24, os abates de machos avançaram 3,5% no mês passado.
Abates recordes no acumulado/25
Entre janeiro e setembro/25, os abates sob inspeção federal somaram 22,49 milhões de cabeças, acréscimo de 3,78% em relação ao mesmo período de 2024, estabelecendo um novo recorde histórico.
Desse total, os abates de fêmeas atingiram 9,47 milhões de animais, alta de 16,17% em relação ao ano anterior, enquanto os machos somaram 13,07 milhões de cabeças, recuo de 3,25% no mesmo comparativo.