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Parceria é ampliada e Brasil se torna maior fornecedor de carnes à China

28 julho 2016 - 00h00Por Agronotícias

Catapultado pelo surto de gripe aviária que alvejou os EUA e pela estiagem que deteriorou as pastagens australianas, o Brasil se tornou o maior fornecedor de carnes de frango e bovina à China. E, ainda que acelerado por essas adversidades climáticas e sanitárias, o movimento está consolidando o país asiático como um dos principais mercados para os frigoríficos brasileiros.

Se somadas as vendas para Hong Kong, a indústria brasileira já tem na China seu maior cliente, à frente de tradicionais importadores como a Arábia Saudita e o Japão. Pouco mais de um ano após a China reabrir seu mercado à carne bovina brasileira, os frigoríficos aqui instalados fornecem 30% do produto importado pelo país.

Segundo o portal Beefpoint, na indústria de carne bovina, o risco seria a recomposição do rebanho australiano, o que deve ocorrer ao longo dos próximos anos. No entanto, o Brasil assumiu de forma definitiva o posto de principal fornecedor aos chineses, acredita Fontes.

Além disso, a carne bovina é a proteína que vai liderar o aumento das importações chinesas até 2025, também porque é a mais complexa de ser produzida localmente. Do incremento de 1 milhão de toneladas estimado pelo USDA, cerca de 600 mil toneladas deve ser carne bovina.

Ainda assim, a indústria brasileira precisa melhorar o mix de cortes vendidos para os chineses e também vender carne “gourmet”, diz o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Camardelli.

Para o ex-secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, André Nassar, a indústria brasileira deve levar em consideração que a China é um mercado que “briga muito por preço”. Diante disso, investir na promoção institucional da carne brasileira para melhorar a percepção do produto é uma necessidade. Outra possibilidade é investir em distribuição.