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Nova tecnologia controla pragas e plantas daninhas do algodão

04 agosto 2011 - 12h08

Os cotonicultores brasileiros têm um motivo especial para terem perspectivas otimistas para as próximas safras: a Deltapine, marca mundial de algodão da Monsanto, apresentou recentemente o primeiro cultivar com duas tecnologias na mesma planta.

O algodão Bollgard RR™ expressa a proteína Cry1AC, oriunda do Bacillus thuringiensis (Bt), que protege a planta contra certos lepidópteros que atacam a cultura, como o curuquerê do algodoeiro (Alabama argillacea), a lagarta-da-maçã (Heliothis virescens) e a lagarta rosada (Pectinophora gossypiella), enquanto a tecnologia Roundup Ready® confere tolerância ao herbicida glifosato, permitindo seu uso sobre a planta (em pós-emergência).

Segundo Luiz Márcio Bernardes, gerente de Marketing e Estratégia de Algodão da Monsanto do Brasil, a combinação das características amplia os benefícios das tecnologias individuais desenvolvidas e aprovadas.

“Estamos bastante otimistas com o retorno que temos observado dos agricultores, já que, com o novo produto, maximizam-se as opções e a flexibilidade de manejo.

Quem planta algodão já poderá adotar uma única cultivar, contendo resistência a insetos e tolerância ao glifosato, mais adaptada às necessidades da sua produção, descomplicando o cultivo nas lavouras”, explica Bernardes.

A nova tecnologia, de acordo com o gerente da Monsanto, é uma alternativa eficiente em programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP).

Características promissoras

Além de facilitar o dia a dia na fazenda, a tecnologia Bollgard RR™ preserva o meio ambiente, já que garante maior presença de insetos benéficos, preservação de animais (aves) nas lavouras, menor contaminação de cursos d’água e poluição do ar, diminuição na sobra de embalagens e segurança de manejo ao trabalhador.

Os produtores encontram a tecnologia Bollgard RR™ no cultivar NuOPAL RR, que proporciona ótimo custo-benefício com diminuição de ciclo.

A NuOPAL RR, na população recomendada de 100 mil plantas, apresenta as seguintes características agronômicas:

Cultivar de ciclo médio / precoce;

Resistência à virose e bacteriose;

Ideal para solos com boa fertilidade e finalização do plantio em época normal, evitando os plantios de abertura;

Adequada aos plantios de safrinha;

Qualidade de fibra alinhada aos padrões internacionais de exportação.

Controle sustentável

O algodoeiro é intensamente afetado por insetos-pragas que causam danos às plantas e um significativo impacto na produtividade das lavouras. Para o controle dessas pragas, são utilizados inseticidas químicos em pulverizações sobre a cultura.

A nova tecnologia permite uma sensível diminuição no número de aplicações de inseticidas, o que torna a cotonicultura mais sustentável, com melhor produtividade e, ao mesmo tempo, maior conservação dos recursos naturais.

O controle de plantas daninhas na cultura do algodoeiro também é um processo complexo. Essas ervas competem intensamente com o algodão por água, luz e nutrientes, causando perdas de produtividade por matocompetição.

Menor uso de inseticidas significa menor quantidade de embalagens descartadas, menor uso de maquinário e, consequentemente, menor queima de combustível fóssil, como o óleo diesel usado nas máquinas agrícolas.

A redução do uso de agroquímicos nas lavouras de algodão Bollgard RR™ pode diminuir os custos de produção, com aumento da rentabilidade, e, aliado à possibilidade de uso de herbicidas menos tóxicos, possibilita a diminuição da exposição dos trabalhadores rurais aos agroquímicos, aumentando a segurança e a qualidade de vida.

Outro fator importante é o potencial para a preservação de populações de insetos benéficos nas lavouras geneticamente modificadas em comparação às convencionais, uma vez que esses insetos não são alvos das proteínas Bt e se beneficiam, portanto, de um ambiente agrícola com menor aplicação de inseticidas.

O algodão resistente a insetos e tolerante ao glifosato já foi liberado para plantio na Austrália, Argentina, Colômbia, Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, México, Filipinas e África do Sul.

Eficácia comprovada

O glifosato é um herbicida utilizado com sucesso em todo o mundo, classificado como de baixa toxicidade para o ser humano e que contribui para o Sistema Plantio Direto.

Essa prática agronômica promove controle da erosão, redução da compactação do solo, aumento de fertilidade, preservação de recursos hídricos, economia de combustível e de máquinas, com consequente redução das emissões de gás carbônico.

Roundup®, herbicida da Monsanto à base de glifosato, é o único utilizado na reserva ecológica de Galápagos e para o controle de plantas daninhas em patrimônios da humanidade como Pompeia, na Itália.

Roundup® também foi fornecido pela Monsanto para a restauração da Baía Willapa, em Washington (EUA) – hábitat natural de aves e organismos marítimos –, que estava sofrendo severos danos por plantas invasoras.