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No rastro da tourada: Mato Grosso do Sul abre vendas de 2010

11 março 2010 - 00h00Por DBO, por Vera Ondei.

O Mato Grosso do Sul é o terceiro maior mercado para a venda de genética de bovinos para a produção de carne, através das pistas de leilões. Em 2009, DBO acompanhou os resultados de 118 remates no Estado, onde saíram 6.817 lotes por R$ 53,3 milhões, movimento financeiro que aponta uma média geral muito boa, na casa dos R$ 7.800. Na quantidade de lotes, a praça fica atrás do Rio Grande do Sul, que em 2009 comercializou 8.936 lotes e o Mato Grosso, com 8.080 lotes. Mas, no movimento financeiro, as pistas sul-matogrossenses saíram na frente. Os gaúchos movimentaram R$ 33,7 milhões e os matogrossenses R$ 50,5 milhões.

Campo Grande é um ótimo referenciador de preços, por manter uma agenda de grandes leilões e por ser residência de muitos criadores. Também é capital financeira importante no Centro-Oeste, atraindo naturalmente um player mais abrangente de negócios. No ano passado, Campo Grande foi palco para 58 remates onde saíram 3.844 lotes, metade dos leilões e da oferta dos remates estaduais. A renda foi de R$ 35,8 milhões, 67%, para um registro médio de R$ 9.313, uma ótima média para animais de seleção.

Com a ExpoGrande, que está se iniciando neste final de semana e vai até a virada para abril, a praça acende o mercado de touros e referencia preços. No ano passado, durante a feira, saíram 831 reprodutores em 15 leilões. A média foi de R$ 4.769, com lance máximo fechado por R$ 33.600. A praça também vem se revelando nos últimos anos um referencial para o cruzamento industrial. Evidentemente que o Nelore domina a área, sem grandes alardes e sem contestações de seu papel no cenário produtivo. Mas é salutar a presença de outras raças e o esforço dos selecionadores em marcar posição.

No ano passado, e deve se repetir neste ano, estarão nas pistas de leilões as raças Blonde D´Aquitaine, Bonsmara, Brahman, Canchim, Guzerá, Limousin, Santa Gertrudis e Senepol. Na última temporada, em outras épocas do ano, ainda foram realizados remates de Angus, Brangus, Braford, Caracu, Charolês, Montana e Pardo-Suíço Corte em Campo Grande.

A expectativa é de que nos dias da feira os touros apurem preços na faixa das 70 a 100 arrobas de boi gordo, cotações entre R$ 5 mil e R$ 7 mil como média. A base está na demanda firme por cria, que permanece inalterada; e no preço da arroba, que ainda não se recuperou totalmente da queda do fim do ano, mas vem ganhando R$ 1 a mais a cada 15 dias. Em 10 de fevereiro, a arroba do boi gordo à vista em Campo Grande estava cotada a R$ 69. Ontem, 10 de março, estava em R$ 72. O mesmo para a vaca gorda, à vista, que em 30 dias passou de R$ 65 para os atuais R$ 67.