Menu
Busca quarta, 24 de abril de 2024
Busca
(67) 3345-4200
Campo Grande
Previsão do tempo
29º
Notícias

Monitoramento é arma contra lagarta Helicoverpa

27 junho 2013 - 21h50Por Gazeta do Povo

O combate à lagarta Helicoverpa começa a progredir no Oeste baiano. O inseto comprometeu a produtividade de plantações de soja, milho e algodão, desafiando produtores e técnicos em busca de uma solução. Agora a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) planeja o uso do princípio ativo Benzoato de Emamectina, que será aplicado em escala experimental em 10 propriedades da região. Ainda não está clara qual espécie da lagarta é a grande vilã na Bahia.

Tanto a Helicoverpa zea, já conhecida, como a Helicoverpa armigera, considerada uma nova predadora, foram encontradas, o que reforça a necessidade de monitoramento. “A aplicação química serve para quebrar o ciclo da praga, mas o ponto mais importante é o manejo integrado das culturas”, explica Armando Sá Nascimento, diretor da Adab. Foram encontrados focos da lagarta também em lavouras em Mato Grosso e no Paraná. A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja) aponta que no Centro-Oeste a atenção é com a próxima safra.

“A preocupação maior é que a atual safrinha possa funcionar de ponte e contribuir para a difusão da lagarta, afetando gravemente a próxima safra de soja”, explica Nery Ribas, diretor técnico da associação. Adeney Freitas Bueno, pesquisador da equipe de entomologia da Embrapa Soja, relata que, apesar de haver focos no Paraná, o impacto no estado foi menor. “A paisagem agrícola aqui é diferente, com um clima um pouco mais frio e um número menor de aplicações de defensivos”, explica.

Os pesquisadores dizem que a medida chama a atenção para a necessidade de um melhor controle da produção para evitar que o problema continue. “É importante fazer a aplicação no momento certo e com o produto certo. Isso só é possível com monitoramento constante”, observa Bueno. 430 mil toneladas de soja e milho foram perdidas na Bahia, conforme a Expedição Safra. Maior parte da quebra deveu-se a seca. Lagarta teria levado dos produtores baianos perto de 5 sacas por hectare, segundo a Aiba.