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Milho transgênico já corresponde a 40% da lavoura

28 outubro 2009 - 00h00Por Terra

O uso espécies de milho geneticamente modificadas no Brasil deve alcançar a marca de 40% do total da lavoura da cultura já na safra 2009/10. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Sementes (Abrasem), as vendas de sementes realizadas para essa temporada apontam enorme avanço da modalidade em relação à safra passada, que ficou em apenas 5% do total plantado.

Segundo estimativa da entidade, o uso do milho geneticamente modificado só não será maior porque a perspectiva é de queda da área dedicada ao grão no país - os preços têm sido considerados pouco atrativos pelos produtores. Em seu primeiro levantamento sobre a safra de grãos 2009/10, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou queda de 5,7% a 8,2% na área de milho na safra de verão. A Abrasem estima que mais da metade das terras do milho serão ocupadas por variedades transgênicas na safrinha de 2010.

A aceitação de milho transgênico por parte dos produtores é confirmada por pesquisa recente do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo). De acordo com os professores Joaquim Bento de Souza Ferreira Filho e Lucio Rogério Alves, como 80% do milho produzido no Brasil é utilizado para ração animal, a aceitação da tecnologia nesse setor é determinante.

“Esse segmento tem experiência na utilização de soja GM para a produção de ração e não houve, desde sua introdução, no final da década de 1990 no Brasil, nenhuma reação ao seu uso para ração animal, tanto por parte da indústria quanto por parte dos consumidores”, diz o estudo.

No entanto, apesar das vantagens da variedade em relação às sementes tradicionais, no que diz respeito à produtividade, a Abrasem prepara uma campanha nacional para alertar os produtores sobre a necessidade de adotar o plantio de refúgio.

De acordo com o agrônomo Gerson Panho, a preocupação é em relação aparecimento de uma geração de insetos resistentes às toxinas produzidas por esse tipo de planta. "O uso de áreas de refúgio é indicado para a preservação da tecnologia transgênica e recomendado em todos os países onde há plantios geneticamente modificados”, explica Panho. Com o tema "Plante Refúgio", a campanha irá estimular os agricultores a destinar 10% da área de produção ao milho convencional, ao invés do milho Bt.