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BOI GORDO

Mesmo com pasto bom, pecuarista não consegue evitar quedas na arroba em abril

De acordo com analistas, com a chegada de maio, os preços do boi gordo podem voltar a recuar em todo País, motivados pelo período de seca que se aproxima

06 maio 2024 - 07h31Por DBO Rural

No mês passado, o preço médio do boi gordo na praça paulista (indicador Cepea/B3) ficou em R$ 230,51/@, apresentando uma queda mensal de 0,99% e fechando no menor nível mensal desde setembro/23, informou a Agrifatto.

“As indústrias adotaram uma abordagem cautelosa nas compras para manter a pressão de baixa sobre os preços, enquanto os pecuaristas tentavam segurar o gado aproveitando as boas condições das pastagens ocasionadas pelas chuvas”, afirmam os analistas da consultoria.

No entanto, continua a Agrifatto, a estratégia de retenção de animais nas fazendas não foi o suficiente para segurar a pressão baixista na praça de São Paulo e também em outras importantes regiões do Brasil.

De acordo com analistas, com a chegada de maio, os preços do boi gordo podem voltar a recuar em todo País, motivados pelo período de seca que se aproxima.
“Com a diminuição das chuvas e o aumento das temperaturas, as pastagens são afetadas negativamente e perdem qualidade, o que reduz a capacidade do pecuarista em reter o gado nas fazendas”, afirma a Agrifatto.

Com mais animais terminados disponíveis, diz a consultoria, as indústrias conseguem manter as suas escalas de abate alongadas, pressionando para baixo os preços ofertados aos pecuaristas.

Programações dos frigoríficos

A média nacional das escalas de abate se manteve estável na casa dos 10 dias úteis nesta sexta-feira (3/5), em comparação com o quadro apresentado na sexta-feira anterior, segundo levantamento da Agrifatto.

O maior destaque da semana ficou para Goiás, que registrou um avanço de 2 dias úteis nas escalas de abate, no comparativo semanal, encerrando a semana com 10 dias de abate programados, o maior valor para uma sexta-feira desde o dia 15/3/24.

Em Rondônia, houve uma retração nas programações de abate. A semana fechou com recuo de 2 dias uteis nas escalas dos frigoríficos, atingindo 10 dias úteis – tal nível não era visto desde 19/01/2024, segundo a Agrifatto.

Em Mato Grosso do Sul, as escalas encerraram a semana em 9 dias úteis, com avanço de 2 dias úteis ante a semana passada.

As escalas no Tocantins fecharam a semana com 11 dias úteis programados, apresentando avanço de 1 dia no comparativo semanal.

No Mato Grosso, as escalas ficaram próximas de 9 dias úteis, apresentando estabilidade ante a sexta-feira passada.

Por sua vez, as indústrias mineiras apresentaram avanço de 1 dia útil no comparativo semanal e as programações estão próximas a 12 dias úteis.

Em São Paulo, as indústrias fecharam a semana com estabilidade no comparativo semanal, apresentando programações de 11 dias úteis.

Os frigoríficos do Pará fecharam a semana com as escalas em 13 dias úteis, apresentando avanço de um dia útil, perante a última sexta-feira.