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BOI GORDO

Mercado segue fraco, com poucas operações de compra e venda

Enquanto os agentes aguardam pela retomada do consumo de carne bovina nos meses finais de 2022, a negociação de boiadas gordas segue travada

28 setembro 2022 - 07h35Por DBO Rural

Nesta terça-feira, 27 de setembro, o fluxo de comercialização de animais terminados seguiu esparso no mercado físico do boi gordo, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. “Boa parte das indústrias frigoríficas continua atuando de forma cadenciada nas compras de gado, preocupada com a inconsistência do escoamento da produção de carne no mercado doméstico”, justifica a IHS Markit.

Nesse contexto, o mercado de boiada gorda segue sem grandes variações de preços em função do baixo registro de negócios. Do lado de dentro das porteiras, os pecuaristas ainda mostram resistência em entregar os seus lotes terminados a preços abaixo dos valores de referência.

Segundo a IHS, boa parte das unidades de abate espalhadas pelo Brasil estão operando com ofertas oriundas de contratos de boia a termo. “Embora haja plantas frigoríficas esgotando a sua cobertura de gado, os lotes que surgem no mercado spot são suficientes para atender alguns compromissos de curtíssimo prazo”, observa a IHS.

Outro ponto em questão, relata a consultoria, é que há frigoríficos ausentes dos negócios à espera da chegada mais massiva de lotes oriundos do segundo giro de confinamento. “Desta forma, o mercado físico do boi gordo vai se arrastando”, diz a IHS.

Entre as principais praças pecuárias acompanhadas pela IHS, foram observados ajustes negativos nos preços do boi gordo no Rio Grande do Sul, Pará, Maranhão e Rio de Janeiro. No mercado gaúcho, o período de preparo das lavouras vem forçando a saída de animais dos pastos de inverno e pressionando os preços locais.

Nas praças do PA e MA, informa IHS, os frigoríficos locais estão com escalas de abate preenchidas para além do dia 10 de outubro, o que forçou a saída das compras de boiadas gordas. No Rio de Janeiro, a lentidão das vendas internas justificou ajustes nos preços da arroba.

Nas demais praças acompanhadas pela IHS, o mercado segue com preços estáveis, em função da ausência de negócios em volumes significativos. Segundo apurou a Scot Consultoria, nesta terça-feira, nas praças do interior de São Paulo, muitos frigoríficos ficaram fora das compras, pois apresentam escalas confortáveis, principalmente para animais destinados à exportação.

Com isso, os preços dos animais terminados ficaram estáveis em São Paulo, com o boi gordo cotado em R$ 283/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas, respectivamente, por R$ 270/@ e R$ 280/@ (preços brutos e a prazo).

O boi-China, abatido com até 30 meses, segue cotado em R$ 290/@ no mercado paulista (preço bruto e a prazo), segundo a Scot. Na B3, os preços dos contratos futuros do boi gordo vêm operando lateralizados, à espera de alguma novidade em relação ao fluxo de escoamento da produção de carne bovina.

“A cadeia aguarda algum repique de venda no mercado doméstico para reta final de 2022”, observa a IHS. No atacado, os preços dos principais cortes bovinos se mantiveram inalterados nesta terça-feira.