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BOI GORDO

Mercado mantém estabilidade da arroba, com tendência ainda indefinida

O boi gordo "comum" segue a R$ 232/@ na praça paulista, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 205/@ e R$ 220/@, respectivamente

30 abril 2024 - 07h31Por DBO Rural

Após semanas consecutivas de algumas valorizações nos preços da arroba, mudanças começaram a ser sentidas no mercado físico do boi gordo, observa a Agrifatto.

“Ainda que a boa oferta de pastagem esteja permitindo ao produtor reter por mais tempo os animais no pasto, as indústrias estão conseguindo manter as programações alongadas, fazendo com que os preços do boi gordo se mantenham apenas timidamente pressionados para cima”, relatam os analistas.

Ontem (29/4), numa calmaria típica de segundas-feiras, a cotação do boi gordo (média entre animal “comum” e “boi-China) seguiu estável no mercado de São Paulo, em R$ 230/@, de acordo com dados da Agrifatto.

A média de preço da arroba nas demais 16 regiões monitoradas pela Agrifatto permaneceu em R$ 215,30/@. “Todas as 17 praças acompanhadas mantiveram os preços estáveis”, ressalta a consultoria.

Pelos dados levantados pela Scot Consultoria, na praça paulista, o boi gordo “comum” andou de lado nesta segunda-feira, ficando em R$ 232/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 205/@ e R$ 220/@, respectivamente (preços brutos e a prazo).

A arroba do “boi-China” está cotada em R$ 235 (base SP), com ágio de R$ 3/@, acrescenta a Scot. Na B3, os contratos futuros avançaram na última sexta-feira, após as quedas nos dias anteriores. O papel com vencimento para maio/24 fechou a semana em R$ 232,70/@, com alta de 0,34% no comparativo diário.

Por sua vez,  o vencimento para outubro/24 encerrou cotado a R$ 244,65/@ e registrou uma valorização diária modesta (de 0,14%). Segundo apurou a Agrifatto, Mato Grosso foi o Estado que registrou a maior alta da arroba na semana passada.

O preço do boi gordo na região fechou a semana a R$ 215,83/@, com valorização semanal de 1,12%. Ainda assim, na média nacional, a última semana foi marcada pela menor valorização do boi gordo desde o início de abril/24.

Segundo o indicador Cepea, o valor médio do animal atingiu R$ 232,59/@ na última semana, enquanto o indicador Agrifatto apontou preço médio de R$ 233,06/@, o que representou uma alta semanal de 0,49% e 0,52%, respectivamente.

“Essa maior moderação na ascensão dos preços do boi gordo pode ser atribuída a um receio entre os pecuaristas em relação à chegada do período seco, o que acende um sinal de alerta quanto à necessidade de escoar o estoque da fazenda antes que o pasto seja comprometido”, acreditam os analistas da Agrifatto.

Na semana passada, continua a Agrifatto, observou-se um ligeiro crescimento na oferta de animais terminados, o que resultou no prolongamento das escalas para dez dias, em média, em todo o País.

Margens positivas – As margens das indústrias frigoríficas brasileiras continuam a chamar atenção dos agentes envolvidos na cadeia da carne. Neste mês, o spread (diferença) da carcaça sobre o boi gordo está em +2,31%,  segundo a Agrifatto.

“A indústria ainda está operando no positivo considerando apenas a venda da carcaça”, afirma a consultoria, completando: “Ou seja, ainda há espaço para os frigoríficos pagarem mais pela arroba do boi, mas isso não ocorre porque as unidades seguem operando com escalas confortáveis, mesmo diante de uma maior restrição de oferta”.

Atacado

Na última semana, as vendas nos centros de distribuição do atacado de carnes com ossos foram bem abaixo do esperado, informa a Agrifatto, que acrescenta: “Foram consideradas fracas pelos agentes do mercado atacadista”.

Segundo a consultoria, o dianteiro bovino, que vinha sendo bem demandado e dava sustentação ao preço da carcaça até a semana retrasada, acabou fechando a semana com forte desvalorização de 2,58%, cotado a R$ 14,02/kg (base SP), o menor patamar desde o início do mês.

Na ponta contrária, o traseiro bovino apresentou uma maior liquidez e avançou 1,66% nos comparativo semanal fechando o período com valor médio de R$ 17,77/kg, acrescenta a Agrifatto.

Diante disso, diz a consultoria, o spread (diferença) entre os preços do dianteiro em comparação com o traseiro fechou em 28,70%, o maior percentual desde 03/04/24.

Em resumo, afirmam os analistas, o desempenho do atacado durante a última semana foi “frustrante para os operadores de mercado, que esperavam preços mais firmes”. “A esperança é que o feriado e o Dia das Mães na semana que vem reaqueça o mercado da carne bovina”.