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Mercado garante bons rendimentos para produtores de mandioca

10 junho 2012 - 02h13Por folhaweb
Mercado garante bons rendimentos para produtores de mandioca

  Com uma área de plantio superior a 180 mil hectares, o Paraná deverá colher neste ano cerca de 4 milhões de toneladas de mandioca. O volume, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ajudará o Estado a manter o status de segundo maior produtor do tubérculo do País, atrás somente do Pará, com 293 mil hectares plantados. A produção do Paraná neste ano se mantém estável em relação aos últimos dois anos. Apesar da oferta ser a mesma, a demanda pela matéria-prima, motivada principalmente pela quebra de produção na região Nordeste do Brasil, tem deixado o mercado aquecido. Quem ganha com isso é a indústria paranaense.

Atualmente, o Estado concentra o maior polo de produção de fécula de mandioca do País. Ao todo, das 90 indústrias em operação no Brasil, 50 estão instaladas no Paraná. De acordo com o presidente do Sindicado das Indústrias de Mandioca do Paraná, João Eduardo Pasquini, 75% da produção brasileira de fécula sai do território paranaense. Segundo ele, só a região Noroeste corresponde por 40% desse total. ''Somadas, as indústrias do Estado chegam a produzir 400 mil toneladas de fécula por ano, volume que atende a demanda das regiões Sul, Sudeste e algumas localidades do Nordeste do País'', revela.

Pasquini afirma que o motivo dessa concentração se deve às boas condições de clima e solo que a região oferece para a produção de mandioca. ''As indústrias estão vivendo um momento razoavelmente favorável, principalmente porque já possuem uma clientela fidelizada'', comenta. Neste ano, Pasquini estima que as indústrias mantenham a produção média do Estado de 400 mil toneladas de fécula.

No campo

De acordo com o técnico do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Enio Luiz Debarba, o volume de produção de mandioca, calculado em 4 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo do que o de 2011, se dá porque no ano passado houve uma elevação na colheita do tubérculo de dois ciclos. O agrônomo explica que diferentemente da cultura de grãos, que é plantada e colhida no mesmo período, a extração da mandioca pode ser prorrogada em até um ano e meio. Nesse caso, se denomina tubérculo de dois ciclos. Prolongar a colheita, garante Debarba, proporciona raízes maiores e de melhor qualidade. Porém, muitos produtores plantam e colhem em uma mesma época, o que se denomina como mandioca de um ciclo.