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Mercado de suínos se mantém aquecido

24 setembro 2010 - 00h00Por Famasul

 O mercado interno de suínos da segunda quinzena de setembro apresentou oferta e demanda bastante ajustados, com consumo aquecido em determinadas regiões o que vem ocasionando a elevação dos preços em grande parte do país. A bolsa de São Paulo comercializou 9.060 suínos entre as cotações de R$ 58,00 a R$ 60,00 a arroba dependendo da região, o que representa R$ 3,09 a R$ 3,20 o quilo do suíno vivo. A demanda interna crescente e o alto patamar de preço no mercado interno e no mercado externo resultaram num aumento da margem de lucro para cadeia como um todo. Se não fosse a alta dos preços do milho, esta margem seria melhor ainda, segundo a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS).

O mercado em Minas Gerais também se mantém bastante aquecido, com o mercado absorvendo todos os animais disponíveis e grande procura pela carne suína resultou no aumento da cotação de venda por quilo de suíno. Na semana passada os suinocultores mineiros comercializaram a R$ 3,25 o quilo do suíno vivo, um aumento de R$ 0,25 em três semanas. Segundo a Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG), a tendência para os próximos dias é estabilização nos preços se o mercado e o consumo de mantiverem.

O preço médio atual pago ao produtor gaúcho tem sido de R$ 2,70 o quilo do suíno vivo, valor R$ 0,05 a mais que na semana anterior, segundo levantamento da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), Já a máxima de valor comercializado em determinadas regiões atingiu o valor de R$ 2,82, enquanto a mínima se mantém em R$ 2,55.

No mercado do Paraná o preço permanece estável, segundo a Associação Paranaense de Suinocultores (APS). O mercado de suíno independente da região tem comercializado o quilo do suíno vivo a R$ 2,75. O mesmo acontece em Santa Catarina que está comercializando o quilo do suíno vivo a R$ 2,55 na região oeste, extremo oeste e Sul do estado, segundo dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS).

No mercado externo, as notícias são favoráveis. Santa Catarina aguarda aval dos Estados Unidos para poder exportar. A medida poderá facilitar a entrada no mercado do Japão, Coreia do Sul, México e Canadá. Nas exportações, o Brasil exporta 8,6% menos no período de janeiro a agosto desse ano em relação ao ano passado, segundo levantamento do Safras e Mercado.

Segundo levantamento de pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo a carne suína apresentou alta de 9,39% na segunda semana de setembro no estado de São Paulo, ficando acima de outros produtos de origem animal como carne bovina com aumento de 7,90% e carne de frango que apresentou elevação de 7,10%.

Declarações

“Estamos vivendo um bom momento na atividade suinícola, os preços do suíno estão nos patamares aceitáveis para termos uma margem razoável de lucratividade. A procura de suínos por parte dos frigoríficos tem-se intensificado, fazendo assim com que o produtor tenha sua rentabilidade garantida”.
Losivanio de Lorenzi, presidente da ACCS

“O setor suinícola vive um bom momento aqui em Minas Gerais. Com o mercado aquecido e demanda maior que a oferta vemos a possibilidade de ampliarmos o valor pago ao produtor pelo quilo do suíno vivo em R$ 0,05, fechando a comercialização em R$ 3,30 nessa quinta-feira”.
José Arnaldo Penna, vice-presidente da ASEMG

“O mercado do Rio Grande do Sul segue bastante positivo, com os valores de comercialização do suíno atendendo a necessidade do produtor que hoje conta com o custo de produção um pouco mais elevado, com aumento do farelo de soja e do milho. Neste cenário ainda é possível uma mudança positiva nos preços.”
Valdecir Folador, presidente da ACSURS