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BEZERROS

Mercado de reposição frio como as temperaturas, avaliam consultorias

Em MS, o preço médio recebido no bezerro variou entre R$ 11,50 e R$ 12,50 kg/vivo, recuo de 2% frente ao registrado na semana anterior

22 agosto 2022 - 08h11Por DBO Rural

A frente fria que acomete boa parte do Brasil nos últimos dias e a pressão de baixa no mercado do boi gordo derrubaram as cotações dos animais de reposição, informa a zootecnista Thayná Drugowick, analista de mercado da Scot Consultoria.

Na comparação mensal, considerando a média de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados pesquisadas pela Scot Consultoria, as cotações no mercado brasileiro de reposição caíram 2,5%.

“A maior pressão de baixa foi vista nas praças do Mato Grosso do Sul que, após mais de 50 dias de estiagem, situação que já vinha comprometendo as pastagens, a recente queda brusca de temperatura ligou o sinal de alerta dos pecuaristas pelo risco de geadas e aumentou a oferta, pressionando as cotações”, conta a analista da Scot.

Na média de todas as categorias negociadas nas praças de Mato Grosso, os preços dos animais de reposição recuaram 7,5% na última semana frente aos valores observados na semana anterior, de acordo com apuração da Scot.

Destaque também para as praças situadas na região Sul do País, onde as pastagens de inverno começam a dar espaço para o preparo das lavouras de verão (milho e soja), o que motivou o aumento de oferta de animais e, consequentemente, pressionou as cotações.

No Rio Grande do Sul, por exemplo, o terneiro, atualmente é negociado a R$ 12/kg. Para o curto prazo, prevê Thayná Drugowick,  o clima e a pressão de baixa no mercado do boi gordo devem continuar afastando os compradores das comercializações e pressionando os preços das categorias de reposição.

A consultoria IHS Markit também apurou queda nos preços da reposição em algumas praças pecuárias do País, principalmente para categorias mais novas. “A baixa qualidade da pastagem na maior parte do País e a volatilidade dos preços da arroba no mercado físico do boi gordo ainda limitam a procura por parte dos recriadores e invernistas”, relata a IHS.

Segundo a consultoria, o período mais seco e frio motiva alguns criadores a liquidar maiores lotes, elevando a oferta. Neste contexto, diz a IHS, o mercado deu sinais de boa movimentação de negócios, impulsionado pela necessidade de aquisição de animais para os demais giros de confinamento e já de olho no próximo ano, em função das boas perspectivas quanto as exportações para o setor.

Na região Centro-Oeste, os preços de bezerros e bezerras recuaram diante da dificuldade de venda de alguns lotes. No Mato Grosso do Sul, o preço médio recebido no quilo vivo do bezerro variou entre R$ 11,50 e R$ 12,50, recuo de 2% frente ao preço registrado na semana anterior, informa a IHS.

Segundo a consultoria, nesta semana, a preferência das vendas recaiu sobre lotes de machos, embora novilhas com mais de 15 meses também apresentem firme procura em função do período da estação de monta. No Sudeste e Sul, o fluxo de negócios também mostrou regularidade adequada, com a ocorrência de leilões com até 75% de liquidez.

Nas duas regiões, diz a IHS, as categorias de reposição também sofreram ajustes negativos, em função de uma oferta maior que a procura. Entre as praças pecuárias da região Norte, o mercado também registrou volatilidade de preços em função da baixa liquidez. “Ainda há muita dificuldade em emplacar um maior fluxo de venda de animais nos leilões em função da cautela dos compradores”, informa a IHS, referindo-se às praças do Norte do País.