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BOI GORDO

Mercado brasileiro segue em ritmo lento e preços estáveis

Nas praças paulistas, o macho terminado direcionado ao mercado interno (sem prêmio-exportação) segue valendo R$ 304/@

09 agosto 2022 - 07h34Por DBO Rural

Como de costume, o primeiro dia da semana foi marcado pelo baixo volume de negócios no mercado brasileiro do boi gordo, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. “As indústrias ainda contabilizam o volume de escoamento da carne bovina no atacado/varejo ao longo do final de semana, antes de definir as estratégias de compra de boiadas para os próximos dias”, relatam os analistas.

Na ponta ofertante, os pecuaristas com lotes disponíveis seguem atentos ao comportamento dos preços da arroba no mercado spot e também aguardam melhores condições de preços para retornar as negociações. No geral, as cotações do boi gordo e demais categorias prontas para abate (vacas e novilhas) ficaram estáveis nesta segunda-feira, 8 de agosto, nas principais praças brasileiras.

Segundo dados apurados pela Scot Consultoria, no interior de São Paulo, o boi gordo “comum”, direcionado ao mercado interno (sem prêmio-exportação), segue valendo R$ 304/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 280/@ e R$ 297/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). B ovinos abatidos com até 4 dentes, padrão China, estão sendo vendidos por R$ 315/@ no mercado paulista, acrescenta a Scot.

Nas últimas semanas, o maior volume de negociações envolvendo animais confinados (primeiro giro), garantiu a formação de escalas de abate mais longas, relata a IHS Markit. “As operações em parcerias com grandes confinadores e boiteis, sobretudo na região Centro-Sul do País, abriu espaço para movimentos de baixa nos preços da arroba do boi gordo negociado no mercado em balcão”, afirmam os analistas de IHS.

Com o consumo doméstico de carne bovina ainda em marcha lenta, as indústrias frigoríficas operam de maneira mais contida no mercado do boi gordo, reduzindo parte de seus movimentos de compras da matéria-prima, reforça a consultoria. No mercado atacadista, diz a IHS, as vendas de cortes bovinos não confirmaram as expectativas de elevação de consumo neste início de agosto.

“Tanto na cadeia de distribuição quanto no varejo, a procura por parte de reposições e vendas direto ao consumidor final não registrou os avanços significativos, apesar do recebimento da massa salarial”, informa a IHS. Proteínas com valores mais competitivos, como frango e carne de porco, seguem tirando espaço da carne vermelha nos carrinhos de supermercados da população brasileira.

Segundo ressalta a Scot Consultoria, “diferentemente do esperado para a primeira semana do mês, a demanda no atacado de carne bovina com osso segue comedida”, o que levou a reajustes negativos nos cortes. As cotações caíram puxadas principalmente pelo traseiro, cuja queda foi de 1,1% nos últimos sete dias.

A carcaça casada de bovinos castrados está sendo negociada por R$ 19,30/kg, queda de 0,4% na semana, enquanto a de bovinos inteiros está em R$18,02/kg, incremento de 0,6% na mesma base de comparação, informa a Scot. Porém, na visão dos analistas, nos próximos dias, o consumo doméstico da proteína bovina pode registrar alguma recuperação, estimulada sobretudo pelas comemorações do Dia dos Pais, no próximo domingo.