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Marfrig investirá nas marcas herdadas da Brasil Foods

02 setembro 2012 - 02h32Por Agência Estado
Marfrig investirá nas marcas herdadas da Brasil Foods

 As marcas herdadas da Brasil Foods na troca de ativos exigida pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para aprovação da fusão entre Sadia e Perdigão são a principal aposta do grupo Marfrig na missão de tirar a diferença em relação à rival na preferência do consumidor do varejo. A margarina Doriana, as aves Fiesta e a linha de congelados Confiança – especialmente forte no Nordeste – agora estão sob gestão da Seara.

Os produtos serão promovidos no ponto de venda e também na mídia de massa. De acordo com o executivo americano David Palfenier, presidente da Seara Alimentos, os investimentos em marketing do braço de varejo da Marfrig vão mais do que dobrar no ano que vem.

A margarina Doriana, oferecida pela Seara há pouco mais de um mês, está sendo usada como uma forma de reduzir a desconfiança dos comerciantes em relação à marca. “Em fevereiro, a Seara estava presente em 28 mil pontos de venda. Em julho, chegamos a 40 mil. Agora, com a Doriana, atingimos 45 mil”, diz Palfenier. Mesmo assim, admite o executivo, a presença da BRF é três vezes maior.

O investimento nas marcas e linhas da BRF é uma forma de o Marfrig admitir o que todo o mercado diz há muito tempo: a Seara não conseguiu, sozinha, tornar-se prioridade no carrinho de compras do consumidor. “Na maioria dos produtos, a Seara é uma ‘alternativa da alternativa’ à Sadia”, diz o consultor especializado em alimentos e bebidas Adalberto Viviani. Segundo dados da Nielsen, a participação da Seara na maioria das linhas de produtos flutua entre 6% e 8%, enquanto Sadia e Perdigão dominam, muitas vezes, dois terços do mercado.

O mercado, porém, quer ver essa estratégia traduzida em números – o que ainda não aconteceu. Segundo um analista de mercado, o lucro do Marfrig no segundo trimestre, de R$ 15,5 milhões, é mais reflexo de créditos tributários e da venda da Keystone Foods do que da saúde do negócio. Ele vê melhoras internas trazidas pela troca de executivos e uma pequena redução da alavancagem, que segue alta. A aposta no varejo é vista de forma positiva, mas o resultado ainda é incerto.