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Lula quer comprar terras para expandir aldeias indígenas e barrar conflitos em MS

22 fevereiro 2010 - 00h00Por Midiamax, por Jacqueline Lopes.

A dez meses do fim de seu mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse estar disposto a por um ponto final nos conflitos por terras indígenas em Mato Grosso do Sul. Para isso, pediu na última quinta-feira (18) ao deputado federal Vander Loubet (PT), após audiência com membros da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) em seu gabinete, a ajuda para a compra de 10 mil alqueires, ou seja, ao menos 20 mil hectares no Estado.

“Vê com o pessoal, acha uma área, estou disposto a comprar. Me ajude, quero resolver”, teria dito Lula, conforme relatou Loubet.

A medida do governo federal atenderia o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli [PMDB], que diante do impasse, se posicionou contrário às demarcações. Resta saber, como os índios deverão receber a notícia e como serão os critérios para a compra da terra.

No dia seguinte, o presidente inaugurou a fábrica Fibria/International Paper em Três Lagoas.

Com 40 mil índios, Mato Grosso do Sul tem a segunda maior população nativa do País. As áreas de conflitos estão distribuídas na Região Sul, na chamada faixa de fronteira com o Paraguai, em cidades como Coronel Sapucaia, Paranhos, Amambaí e Dourados, por exemplo. Nessas regiões, onde moram os guarani-caiuá-ñadevá já houveram conflitos com mortes de indígenas.

Segundo Loubet, a Funai (Fundação Nacional do Índio) e o MPF (Ministério Público Federal) deverão participar das definições das áreas e hoje à noite a Acrissul faz reunião com produtores sobre o assunto. Alessandra de Souza 
 
Vander Loubet (PT) acredita que Lula está disposto a resolver problema o mais rápido possível


“O presidente deu o sinal, abriu canal pro diálogo. O ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, ao meu ver pode ajudar. Há recursos e há vontade política”, frisa Loubet.

Sobre o local onde as áreas serão compradas, o deputado disse que seriam nas regiões de conflitos.