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Leilão de 2 fazendas da extinta Boi Gordo arrecada R$ 3,8 mi

08 novembro 2011 - 10h44

Sete anos após a Justiça decretar a falência do Grupo Boi Gordo, duas das 14 fazendas da empresa foram arrematadas, nesta segunda-feira, em leilão judicial.

Combinadas, as duas propriedades localizadas no Mato Grosso atingiram R$ 3,81 milhões, com um ágio médio (valorização sobre a avaliação inicial) de 75%.

No próximo dia 24, a Justiça vai leiloar duas outras propriedades: uma em São Paulo e outra também no Mato Grosso, avaliadas, conjuntamente, em mais de R$ 14 milhões.

Este foi o quinto leilão realizado e o segundo em que houve negócio fechado. Em três oportunidades, as ofertas foram menores que os valores de avaliação.

Com o leilão desta segunda-feira, a massa falida da Boi Gordo --que conduziu um sistema de pirâmide (em que os últimos investidores remuneram os primeiros), deixando um passivo de R$ 2,2 bilhões e mais de 36 mil credores individuais-- dispõe de mais de R$ 30 milhões em caixa.

Com boatos da insolvência da empresa, vários investidores realizaram saques, pondo a pique, em 2001, o esquema do empresário Paulo Roberto de Andrade.

Ele foi condenado a quatro anos de prisão, mas seu advogado, o ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, conseguiu um habeas corpus e, em 2009, o processo de fraude falimentar prescreveu.

CREDORES LESADOS

Entre os lesados há famosos como o cantor Erasmo Santos, o designer Hans Donner e a atriz Marisa Orth.

"Muitos credores já deram o dinheiro por perdido e consideravam melhor uma punição exemplar na Justiça do que o recebimento dos valores investidos", afirma Gustavo Sauer de Arruda Pinto, síndico da massa falida.

De acordo com Eronides Aparecido Rodrigues dos Santos, promotor da Vara de Falências de São Paulo, a expectativa é arrecadar R$ 200 milhões, o que seria suficiente para quitar integralmente os débitos trabalhistas e fiscais, além de parte do passivo dos investidores.

Segundo Arruda Pinto, até o final do ano será fechado um mapeamento que definirá a moeda de liquidação --uma estimativa de quanto os credores devem receber.