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BOI GORDO

Julho começa com preços da arroba firmes e novas expectativas de valorizações

Tomando como referência a praça pecuária do interior de SP, o macho terminado subiu R$ 17,50/@ no acumulado de junho, fechando em 1º de julho a R$ 317/@

04 julho 2022 - 07h34Por DBO Rural

O mês de julho começa com preços firmes no mercado brasileiro do boi gordo, refletindo a menor oferta de boiadas gordas neste período de entressafra de capim, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.

“Com as escalas de abate encurtando, em meio ao quadro de baixa disponibilidade de animais terminados, além do maior apetite por parte dos frigoríficos exportadores, a ponta compradora colocou a mão no bolso e, com isso, houve pressão positiva para os preços da arroba ao longo desta semana”, resume a zootecnista Thayná Drugowick, analista da Scot Consultoria.

Tomando como referência a praça pecuária do interior de São Paulo, o preço do boi gordo que atende ao mercado interno subiu R$ 17,50/@ no acumulado do mês, fechando a sexta-feira (1º de julho) em R$ 317/@ (preço bruto e a prazo), informa a Scot. Essa referência de preço para o macho terminado não era observada desde meados de abril, destaca Thayná.

Negócios envolvendo bovinos com padrão para exportação ao mercado da China (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade) registraram acréscimo de R$ 10/@ somente na última semana, com negócios ocorrendo na casa dos R$ 330/@ em São Paulo. Ainda em relação ao mercado paulista, os preços da vaca e da novilha gordas fecharam a semana com estabilidade em relação ao dia anterior, valendo, respectivamente, R$ 284/@ e R$ 304/@ (preços brutos e a prazo), acrescenta a Scot.

Segundo apurou a IHS Markit nesta sexta-feira, no geral, o mercado brasileiro do boi gordo fechou a semana com um baixo volume de negócios, na mesma toada registrada em dias anteriores. “O dia foi um reflexo do que se verificou ao longo desta semana, com fraco fluxo de negócios no mercado físico do boi gordo pela menor atuação dos players, que devem retomar as operações de compra na próxima segunda-feira (4/7)”, observa a IHS.

Na avaliação da consultoria, muitas indústrias frigoríficas brasileiras trabalham hoje com escalas de abate um pouco mais confortáveis, um reflexo das altas da arroba ocorridas ao longo de junho, o que garantiu volumes suficientes para atender algumas necessidades mais urgentes (até a primeira quinzena de julho).

Parte da ofertas recentes de boiadas gordas foi obtida por meio de parcerias entre confinadores e as indústrias, durante o primeiro giro da engorda no cocho, relata a IHS. Alguns frigoríficos também receberam os últimos lotes remanescentes de boiada terminada a pasto, sobretudo em regiões onde a chuva ainda proporcionava massa verde no campo, acrescenta a consultoria.

Segundo previsões dos analistas, é possível que as ofertas de animais terminados fiquem ainda mais escassas nas próximas semanas, o que pode repercutir positivamente nos preços da arroba. Ao mesmo tempo, diz a IHS Markit, os embarques de carne bovina brasileira devem permanecer em ritmo acelerado, estimulados pela maior demanda da China, além da desvalorização do real frente ao dólar, o que contribui para a maior competividade do produto nacional no mercado internacional.

Com as expectativas voltadas para este início de julho, o mercado atacadista de carne bovina aguarda uma recuperação parcial do consumo doméstico nas primeiras semanas do mês, estimulada pelo recebimento dos salários aos trabalhadores.