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John Deere confirma recuperação no segundo semestre

18 novembro 2009 - 00h00Por Agrolink
O diretor geral de vendas da John Deere Brasil, Werner Santos, concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira (18) na Federasul, em Porto Alegre/RS, onde a empresa recebeu o prêmio Líderes e Vencedores, na categoria sucesso empresarial.

Segundo ele o mercado sofreu uma recuperação no segundo semestre, após um início de ano afetado pela crise mundial. A empresa sentiu uma boa retomada do mercado, principalmente pela melhora da situação econômica mundial, que retomou o crescimento e no Brasil o que chamou atenção foram, principalmente, as facilidades de crédito. “Tivemos o programa do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que colocou em 2009 o segmento de pequenos produtores e agricultura familiar, que não tinham acesso à equipamentos novos, e que nesse ano teve oportunidade de adquirir tratores e também tivemos o Finame, financiamento com juros de 4,5%, o que deu uma alavancada grande no segundo semestre”, explicou Santos. Além disso, o dólar mais baixo deu mais competitividade ao produtor, pois reduziu os custos de produção e deu um pouco mais de oportunidade de crescimento ao produtor rural.

A comercialização de tratores deve encerrar o ano em 43,5 mil unidades, 15% dessa produção é contabilizada pela John Deere. Já no mercado de colheitadeiras o ano deve fechar com quatro mil máquinas comercializadas, e 38% dessa produtividade é da empresa. Segundo Santos a linha geral de máquinas agrícolas sofreu uma redução na comercialização em 2009, mas a linha de tratores com 75 cavalos teve uma reação positiva em comparação com anos anteriores devido às linhas de financiamento.

Para 2010 Santos confirmou expectativas positivas nas vendas. “O produtor plantou com menores custos e a tendência é de se obter uma excelente safra”, disse. Ele também ressalta que o programa do MDA tem duração de dois anos, o que permite comercializar um volume significativo ainda no ano seguinte.

Além disso, bons resultados foram observados em equipamentos para cana-de-açúcar e para feno e forragem, devido ao grande potencial na fabricação de bicombustíveis e ao Brasil ter o maior rebanho de bois confinados do mundo.

A John Deere está investindo nessas tecnologias e desenvolveu uma nova plantadeira de cana para o uso da semente produzida exclusivamente pela Syngenta, que agrega mais nutrientes e tecnologia já no momento do plantio. Esta máquina deve ser produzida em escala comercial a partir de 2011/2012. Santos ainda citou que a empresa investe US$1 milhão por dia no desenvolvimento de novas tecnologias e materiais.

A empresa possui três fábricas no Brasil, duas no Rio Grande do Sul, em Horizontina e Montenegro e outra no centro-oeste em Catalão/GO. Possui também um centro de distribuição em Campinas/SP e um escritório em Porto Alegre, onde funciona o Banco John Deere