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Indígenas ignoram Justiça Federal e saqueiam propriedade

06 agosto 2013 - 00h00Por Famasul

Apesar da determinação da Justiça Federal, para que os indígenas permanecem em 100 hectares da Fazenda Cambará, localizada em Iguatemi, o produtor rural Osmar Bonamigo teve a sede da propriedade invadida e saqueada por Guaranis Kaiowá. O mesmo grupo que invadiu a área da fazenda no ano passado, avançou para a sede nesta segunda-feira (5) e, segundo Boletim de Ocorrência registrado na delegacia do município, furtou pertences da família.

A Força Nacional e a Polícia Federal (PF) vistoriaram o local na manhã de hoje (6), depois que os indígenas se retiraram. De acordo com o advogado do produtor, Armando Albuquerque, o BO e os documentos referentes ao crime serão apresentados à desembargadora federal do Tribunal Regional Federal 3ª Região, Cecília Mello, relatora do processona segunda instância. O advogado do produtor também afirma que a PF investigará o caso. “A Polícia Federal fotografou o local e fará busca dos objetos roubados”.

Como em outras invasões, os indígenas estavam encapuzados e utilizaram rojões e pedaços de madeira, enquanto outros dois grupos bloqueavam as estradas que dão acesso à propriedade. O caseiro, que também teve bens subtraídos, foi expulso com sua família e buscou abrigo em propriedade vizinha. A Fundação Nacional do Índio (Funai) formou grupos de estudos – primeiro passo do processo demarcatório – para análise de três novas terras indígenas na região, a Iguatemi-Pegua I, II e III. A Terra Indígena Iguatemi-Pegua I, com portaria já publicada, abrange área de 41,5 mil hectares, o que equivale a 14% do município de Iguatemi.

As Terras Indígenas Iguatemi-Pegua II e III, caso publicadas, abrangerão 5% de Amambai, 25,2% de Paranhos, 28,9% de Tacuru, além de 53,1% de Coronel Sapucaia, em um total de 159,8 mil hectares. A Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul) entregou no início do ano à presidente da República, Dilma Rousseff, documento relatando o impacto da demarcação dessas terras à economia do Estado.

A área inclusa nos estudos da Funai corresponde a 21% do território sul-mato-grossense e gera 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, que conta com 66 propriedades invadias. Amanhã (07), o presidente da Federação, Eduardo Riedel, participa de reunião agendada com o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para tratar das invasões.