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BOI GORDO

Impasse persiste entre pecuaristas e frigoríficos; arroba permanece estável

Boa qualidade das pastagens continua dando suporte aos pecuaristas, permitindo vendas compassadas, contribuindo com a firmeza nas cotações dos animais terminados

25 abril 2024 - 07h31Por DBO Rural

Na quarta-feira (24/4), o mercado físico do boi gordo permaneceu com os preços estabilizados na maioria das regiões brasileiras, informa a Agrifatto.

“O impasse persiste entre pecuaristas e frigoríficos; enquanto os produtores influenciam os valores da arroba mantendo os animais nas pastagens e realizando vendas em pequenos lotes, as indústrias continuam exercendo pressão sobre os preços, adquirindo de forma cautelosa e gradual”, relata a Agrifatto.

Diante dessa queda de braço, o volume negociado de boiadas gordas é suficiente apenas para garantir o atendimento das programações em nove dias, na média nacional, acrescenta a Agrifatto.

Ontem, o preço médio do boi gordo em São Paulo (média entre o valor do animal “comum” e o “boi-China) permaneceu em R$ 235/@. Nas outras 16 regiões acompanhadas pela Agrifatto, a média de preço da arroba sustentou em R$ 217,80, acrescenta a consultoria.

Na terça-feira (23/4), pelos dados apurados pela Agrifatto, apenas uma das 17 praças acompanhadas registrou valorização na arroba do animal – a praça do Acre. Nas outras 16 regiões, as cotações permaneceram inalteradas.

Segundo apuração da Scot Consultoria, com a oferta de fêmeas mais baixa em comparação com o alto volume disponível no começo deste ano, a ponta compradora tem enfrentado maior resistência na oferta de boiadas, em razão da pastagem continuar dando suporte para o pecuarista, o que permite vendas compassadas, colaborando com a firmeza nas cotações.

Dessa forma, com escalas, em média, de 9 dias úteis, as cotações de todas as categorias de bovinos destinados ao abate estão estáveis na comparação com terça-feira, reforça a Scot.

Pelos dados levantados pela Scot, a cotação do boi gordo destinado ao mercado interno paulista está em R$ 232/@, a da vaca gorda em R$ 205/@ e a da novilha gorda em R$ 220/@ (preços brutos e a prazo). A arroba do “boi-China” (base SP) está sendo negociada em R$ 235, com ágio de R$ 3/@ sobre o valor do animal “comum”.

No mercado futuro, todos os contratos do boi gordo registraram desvalorização na terça-feira (23/4). O contrato com vencimento para maio de 2024 foi negociado a R$ 233,40/@, apresentando uma queda de 1,27% em comparação com o dia anterior.

Varejo/atacado

Ao longo do período entre a última sexta-feira (19/4) até terça-feira (23/4), foram registradas reclamações sobre a lentidão no escoamento da carne com osso no Estado de São Paulo, resultando em um movimento fraco, tanto nas vendas nos balcões do varejo quanto nas distribuições do atacado de carne com ossos, informa a Agrifatto.

“Na realidade, parece que não se trata tanto de uma questão de preços, mas sim de uma significativa redução no consumo, algo corriqueiro em segundas quinzenas de mês”, observa a consultoria.

Como resultado, o volume de pedidos de reposição de estoques do varejo se aproxima de zero. “Há uma quantidade considerável de mercadorias paradas nos distribuidores sem previsão de descarga, além dos retornos parciais devido a problemas de qualidade”, relata a Agrifatto.

Embora em menor escala do que nas semanas anteriores, já se observam retornos totais por diversos motivos, acrescenta a consultoria.