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Helicoverpa armigera: “Não se deve aplicar inseticidas indiscriminada ou preventivamente”

20 setembro 2013 - 22h02Por Agrolink
Helicoverpa armigera: “Não se deve aplicar inseticidas indiscriminada ou preventivamente”
A Embrapa disponibiliza aos agricultores a página “Alerta Helicoverpa”, que reúne informações sobre essa praga que causa prejuízos estimados em nada menos que US$ 5 bilhões por ano no mundo. Tendo sido identificada em 10 estados do Brasil, já atingiu no País culturas importantes como a da soja, algodão, feijão e milho.
 
No site, os pesquisadores brasileiros são claros em orientar técnicos e produtores a evitar o uso desregrado de agroquímicos. “Não se deve aplicar inseticidas indiscriminadamente ou preventivamente, pois a tendência é que o problema se agrave”, alerta o pesquisador Adeney Bueno, da Embrapa Soja.
 
A orientação da Embrapa é para que o controle de pragas considere todo o sistema produtivo e diferentes táticas de controle cultural (controle biológico natural e aplicado, controle químico, controle com plantas resistentes incluindo plantas Bt, etc).  “Hoje é cada vez mais comum encontrar várias culturas ocupando extensas áreas em uma mesma região. O resultado é a abundância de alimentos e um período de tempo maior para as pragas se multiplicarem. A melhor forma de lidar com essa situação é pensando no manejo de pragas de todo o sistema agrícola”, explica Edson Hirose, pesquisador da Embrapa Soja.
 
No site da Embrapa é possível encontrar informações sobre a praga, seu manejo, a importância da tecnologia de aplicação, dicas sobre o monitoramento da Helicoverpa e de outras lagartas da soja, além de entrevistas. Também há palestras – que podem ser assistidas gratuitamente – sobre os temas “Ataque de lagartas nas vagens”, do pesquisador Adeney Bueno, e “Controle de lagartas com inseticidas em sistemas agrícolas - Implicações e dificuldades”, do pesquisador Edson Hirose.
 
“A chegada de uma nova praga, seja ela inseto ou doença, é sempre recebida com muita expectativa, afinal é algo que se tem pouco domínio ou informação, especialmente porque pouco se conhece sobre como se dará a evolução e a interação do problema com o ambiente brasileiro. No caso da Helicoverpa, o fato de ser uma praga com alto potencial de dano, gera ainda mais preocupação”, destaca Alexandre Cattelan, chefe-geral da Embrapa Soja.
 
“É fundamental, nesse momento, ampliar o volume de informações disponíveis sobre o manejo dessa praga e assim oferecer aos técnicos e produtores mais condições de pensar o manejo do sistema agrícola como um todo. Por isso, estamos procurando alinhar as iniciativas já em andamento nas Unidades Descentralizadas da Embrapa, com vistas a uma ação institucional integrada”, defende Paulo Galerani, assessor da diretoria de Pesquisa&Desenvolvimento da Embrapa.