Menu
Busca quarta, 09 de outubro de 2024
Busca
(67) 3345-4200
Campo Grande
Previsão do tempo
32º
Notícias

Governo levará meta numérica de redução de CO2 para Copenhague

10 novembro 2009 - 00h00Por O Estado de S. Paulo

O governo federal mudou de posição sobre a adoção de uma meta para reduzir as emissões de gases que provocam o aquecimento global. Ao fim de uma reunião ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representantes da academia e da sociedade civil, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que o Brasil levará um compromisso com um número para a conferência do clima de Copenhague, no mês que vem.

O anúncio foi feito no fim da tarde ontem (09/11), algumas horas depois de o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o secretário de Meio Ambiente, Xico Graziano, alfinetarem o governo federal durante a sanção de lei estadual que fixa redução de 20% na emissão de gases-estufa até 2020, com base no nível de 2005. O Estado foi o primeiro do País a ter meta de carbono.

Tenho visto autoridades dizendo que não dá para conciliar desenvolvimento com proteção ao ambiente. Mas o que atrapalha o crescimento são os juros do Banco Central, disse Serra, referindo-se à ministra Dilma, sem citá-la diretamente.

Na semana passada, Lula havia dito que o País não resumiria suas metas na forma de um número. Ontem, Dilma deixou claro que o País assumirá um compromisso voluntário numérico em Copenhague. O número inicialmente proposto pelo Ministério do Meio Ambiente era de 40% de redução da taxa de crescimento das emissões até 2020. Ela disse que a questão só será definida no dia 14, mas que não está muito distante disso. "Às vezes, é possível fazer 42%. Pode ser que seja possível 38%", afirmou.

O secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luiz Pinguelli Rosa, disse que 40% está assimilado como uma possibilidade. Ninguém desmaiou quando apresentei o número. Antes desmaiava.

Serra e Graziano disseram que a meta paulista é mais ambiciosa que a federal. Dilma chamou a iniciativa paulista de positiva e produtiva, mas ressaltou que não se pode comparar um Estado com o País todo.