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Fábricas interrompem produção de óleo vegetal

24 maio 2018 - 00h44Por Revista Globo Rural

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) diz que a greve dos caminhoneiros ainda não provoca cancelamentos de navios porque, apesar dos bloqueios, cargas conseguem chegar por outros modais aos portos, onde também há estoque. No entanto, algumas esmagadoras pararam de produzir derivados de soja por falta de espaço para armazenar o produto, contou à reportagem o gerente de economia da entidade, Daniel Furlan Amaral.

"As fábricas já estão parando porque não têm onde colocar o produto, farelo e óleo. A capacidade de armazenagem está no limite." Segundo ele, a Abiove alertou o mercado para o risco de atrasos no escoamento de produtos. "Os embarques diminuíram 80% em algumas localidades porque os caminhoneiros bloquearam alguns terminais intermodais, como o de Rondonópolis. O transporte ferroviário vai transportar só aquilo que já está em linha. Isso vai prejudicar todos os portos."
 
Furlan cobrou um posicionamento do governo para encerrar as paralisações. "Agora já não temos mais tempo para essa questão ficar sem solução", disse. "Precisamos urgentemente que o governo proponha uma solução e chegue a um diálogo final com as lideranças que estão promovendo essa paralisação sob o risco de a economia entrar em colapso. Não é só exportação, é abastecimento doméstico também, tudo está ficando comprometido."
 
No comunicado ao mercado, a Abiove diz que foi informada por suas associadas sobre a paralisação de diversas unidades industriais de processamento de soja, produção de farelo de soja, de óleo vegetal e de biodiesel em razão da impossibilidade do recebimento de matérias-primas e do escoamento de produtos. "A associação teme que a continuação da greve prejudique ainda mais o abastecimento doméstico e a exportação de produtos de suas associadas, impactando diretamente no cumprimento dos seus contratos."
 
A Abiove sugere às empresas associadas "que se manifestem junto aos seus fornecedores e clientes, explicando que atrasos podem ocorrer na recepção e expedição de produtos fruto da manutenção da greve, sendo estes motivos de força maior e fora do controle das empresas". Ainda na nota, a associação solicitou que as autoridades ofereçam soluções "para equacionar o problema que a greve tem causado na movimentação de soja e seus derivados" e disse esperar que ela seja encerrada o mais breve possível "sob pena de prejudicar severamente as exportações agroindustriais brasileiras".