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MERCADO INTERNACIONAL

Exportação de frango aos Emirados Árabes Unidos subiu 66% no 1º semestre

Maiores volumes embarcados se justificam pelo fato de o país árabe ser um grande hub de distribuição para as regiões do Oriente Médio e Ásia

29 julho 2022 - 10h57Por DBO Rural

Os Emirados Árabes Unidos seguem na segunda posição entre os maiores compradores de carne de frango brasileiro, atrás apenas da China. Em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (28), a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou balanço do primeiro semestre de 2022 e projeções para os anos de 2022 e 2023.

A China comprou 293.909 toneladas de frango brasileiro entre janeiro e junho de 2022, volume 6,7% menor do que no mesmo período do ano passado. Já os Emirados Árabes compraram 245.034 toneladas no primeiro semestre, alta de 66,4% no mesmo comparativo. Em quarta posição, aparece ainda a Arábia Saudita, que importou 163.135 toneladas, queda de 29,1%.

Entre os principais países com aumento de volume embarcado estão, em primeiro lugar, os Emirados Árabes, com alta de quase 100 mil toneladas em relação ao primeiro semestre do ano passado, e em sexta posição, o Catar, que registrou crescimento de 45% no mesmo comparativo, comprando quase 48 mil toneladas, ou 15 mil toneladas a mais do que no mesmo período de 2021.

O presidente da ABPA, Ricardo Santin, afirmou que os Emirados não são a nova China, mas sim um grande hub de reexportações para as regiões da Ásia e Oriente Médio. O diretor de Mercados da entidade, Luis Rua, complementou dizendo que o país tem localização estratégica.

Santin lembrou ainda que a planta da BRF na Kizad, zona industrial de Abu Dhabi, foi reabilitada para exportar para a Arábia Saudita, e que então parte do frango enviado aos Emirados será processado lá e enviado ao país vizinho.

Rua e Santin estão otimistas quanto aos embarques para a Arábia Saudita, mesmo tendo havido uma queda no primeiro semestre.

“A Arábia Saudita voltou a comprar, nesse último mês, volumes na média do que comprava antes da suspensão das 11 plantas, por volta de 40 mil toneladas. O país era suprido, em parte, também pela Ucrânia e esse comércio deixou de existir literalmente, e o Brasil, por ter essa parceria de longo prazo com a Arábia Saudita, foi chamado a participar com mais volumes. Então nos próximos meses, se continuar nessa linha, veremos números muito positivos para a Arábia Saudita também, sem tirar volume dos Emirados, mas complementando”, declarou Rua.

Exportações gerais

No geral, o Brasil exportou 8% a mais em volume e obteve 36% a mais em receita no primeiro semestre em relação a igual período de 2021. Foram embarcadas 2,423 milhões de toneladas a US$ 4,729 bilhões. O valor mais alto se deve à inflação mundial e a maiores custos com insumos (milho e soja), polietileno (para as embalagens), energia elétrica e frete internacional.

O crescimento previsto pela ABPA é de até 6% nos volumes exportados em 2022 em relação a 2021, entre 4,7 e 4,9 milhões de toneladas, e para 2023, a mesma variação de 6% em relação a 2022, com embarques de 5 a 5,2 milhões de toneladas, mantendo o Brasil como o maior exportador de carne de frango do mundo.