Os embarques de carnes bovina, de frango e de suínos totalizaram quase US$ 1,5 bilhão, bem acima da fatura em 2009. A primeira obteve US$ 506 milhões, 47% a mais do que no ano passado. A de frango, à frente, rendeu US$ 737 milhões, 20% acima de 2009; e a de suínos, US$ 157 milhões, bem superior aos US$ 65 milhões de 2009.
Outra boa notícia a espalhar otimismo nos dois primeiros meses deste ano veio da África do Sul, considerado um país emergente e detentor de um mercado promissor, que liberou a compra de carne bovina desossada e maturada de zonas livres de febre aftosa do Brasil. No final de fevereiro, essa reação no comércio externo começou a virar tendência, já que os navios continuavam partindo com carga considerável.
A África do Sul não comprava carne bovina há quatro anos. O país, que é a sede da Copa do Mundo deste ano, deixou, no entanto, a carne de porco na fila, o que fez surgir reclamações de Pedro de Camargo Neto. Ele acha que o governo brasileiro precisa ser mais incisivo, pois o embargo já dura cinco anos. “A carne suína foi vitima da bovina, quando do ressurgimento da aftosa no país em 2005, o que levou a África do Sul a paralisar as compras”.
Pedro de Camargo Neto se declara satisfeito com os resultados de janeiro e fevereiro na comercialização internacional de carne suína. Ele ressalva que, no início do ano passado, havia o forte reflexo da crise econômica. “Mas é possível dizer que 2010 começa com perspectivas melhores. O mercado interno continua firme, e a Rússia aumentou a demanda”. Ponto para o setor também foi a desvalorização do câmbio. Até meados de fevereiro o real havia depreciado 6%.