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Estiagem leva estoques de Leite Longa Vida ao menor nível em 12 meses

13 setembro 2012 - 21h21Por ABLV

  A indústria de Leite Longa Vida está com estoques reduzidos ao menor nível registrado desde o último trimestre de 2011, o que deve repercutir no varejo nos próximos dias. A situação foi comprovada por levantamento feito pela Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), no início deste mês, a fim de detectar o momento produtivo da indústria perante a sazonalidade.

O levantamento mostrou que o prolongamento da estiagem nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, onde não chove há mais de 60 dias, e o fim da safra dos estados do Sul, fortalecem a perspectiva de menor oferta de matéria-prima para a indústria de laticínios, marcadamente para o processamento de Leite Longa Vida. Tal panorama projeta dificuldades para os supermercados recomporem seus estoques porque a indústria tem enfrentado semelhante problema, já que a condição climática adversa provoca menor oferta de leite no campo.

“Toda essa situação justifica os reajustes nos preços da indústria ocorridos nos últimos dias e que devem continuar nas próximas semanas”, diz o presidente da ABLV, Laércio Barbosa. Segundo ele, com esses reajustes a indústria retorna aos níveis de preços praticados no ano passado, recuperando a rentabilidade necessária para manutenção da atividade até então bastante comprometida.

Na opinião de Barbosa, os valores não deverão sofrer variação expressiva nas gôndolas do varejo, pois os supermercadistas têm praticado preços constantes ao consumidor, independentemente de suas negociações com a indústria.

Apesar da rentabilidade abaixo dos níveis aceitáveis, a indústria de Leite Longa Vida mantém seu firme crescimento graças ao aumento de consumo. As vendas dos primeiros seis meses do ano foram 3% superiores ao mesmo período do ano passado e a tendência é de que o segundo semestre seja ainda melhor, com um fechamento de 2012 na casa dos 4%. Esta previsão de crescimento acontece após expressiva evolução em 2011 (6,7%) e de uma estimativa de PIB abaixo de 2%, o que denota o fôlego do segmento que, apesar de já ter uma penetração de 87% nos lares brasileiros, continua em franca expansão.