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Estado já contabilizou 279 focos de queimada

21 julho 2011 - 12h06Por Diario MS
Estado já contabilizou 279 focos de queimada

As chuvas que caíram em diversas regiões do Mato Grosso do Sul no início da semana serviram para aliviar as ocorrências de queimadas, mas a situação ainda preocupa. Isto porque julho já concentra 20% dos focos de incêndio em áreas florestais registrados neste ano.


Desde janeiro já somam 279 focos de queimadas florestais em MS, sendo 59 somente no mês de julho. “Quando chove melhora, mas se as chuvas previstas para os próximos dias não se confirmarem vai ficar preocupante até o início de agosto, quando começa a ficar crítico”, alerta Marcio Yule, coordenador estadual do Prevfogo (Programa de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais) do Ibama/MS.


Os números registrados pelo Prevfogo são menores do que os do ano passado, em que os focos já somavam mais de 800 nos primeiros seis meses do ano. A queda é porque a região do pantanal, que historicamente concentra quase a metade dos casos registrados no Estado, vive ainda períodos de cheia. “Os municípios pantaneiros são os campeões de focos, mas por enquanto a situação ainda não é problemática porque ainda está na cheia e com isso o homem não tem acesso; e onde o homem não tem acesso é difícil haver incêndios. Mas, agora que as águas já começam a dar uma baixada, aí começa a ficar critico e as estatísticas disparam”, disse Yule.


De acordo com o coordenador, somente 5% dos incêndios são causados por questões naturais, o restante é todo provocado pelo homem. É por isso que brigadas de combate ao fogo são criadas para coibir as queimadas florestais. São seis delas que começam a atuar em agosto nos municípios de Corumbá, Porto Murtinho, Miranda, Aquidauana, Jateí e Costa Rica.


São áreas em que existem parques ambientais, com grandes concentrações de mata. “Nós recomendamos, principalmente a partir de agosto, a não usar fogo porque com a estiagem prevista fica muito difícil ser controlado. E também para caso avistar um incêndio, chamar o corpo de bombeiros mais próximo”, disse Yule.

BOMBEIROS

O Corpo de Bombeiros de Dourados também vem registrando ocorrências de queimadas em Dourados, principalmente em áreas de pastagem. De sábado, dia 16, até ontem foram oito ocorrências em terrenos baldios e pastagens. Ontem um silo pegou fogo durante a secagem de grãos, e acabou causando prejuízos ao dono do armazém.


Foram necessários pelo menos 35 mil litros de água para apagar o fogo dentro do depósito, fora dele nenhum dano foi causado e foram retirados da estrutura parte dos grãos, que não sofreram danos. Já no sábado, reta final de um período grande de estiagem, as ocorrências se acumularam em diversas regiões da cidade.


Na primeira ocorrência do final de semana, a queimada atingiu uma área de aproximadamente 10 mil metros quadrados, próximo ao HU (Hospital Universitário). Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio prejudicou o atendimento no hospital devido à fumaça, que comprometeu a qualidade do ar.


Na rodovia BR-163, a fumaça invadiu a pista, atrapalhando a visão dos motoristas. Foram necessários 600 litros de água para controlar o fogo. “As queimadas às margens de rodovias podem ocasionar acidentes, além de danificar a redes de energia elétrica”, afirma o sargento Wilson Freitas do 2º Grupamento de Bombeiros.


Logo depois outro incêndio em área rural, que demandou três horas para ser apagado, o fogo atingiu 30 mil metros quadrados e colocou em risco um sítio e uma casa. Uma área de reserva legal e uma plantação de milho também foram ameaçadas por um incêndio na região sudoeste de Dourados no final de semana, além de uma pastagem atingida no Parque das Nações.


Também foram registrados focos em terrenos baldios, que são usados frequentemente para queima de lixo. As ocorrências foram no Parque do Lago e no Altos do Indaiá. A recomendação dos bombeiros é de que seja feita “a limpeza de terrenos sem uso do fogo e principalmente o cuidado nas rodovias, como o hábito de atirar ‘bitucas’ de cigarros”, afirma o sargento Freitas.