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Eldorado e Fibria podem combinar seus negócios de celulose em Três Lagoas

31 janeiro 2018 - 00h00Por Reuters

O presidente da Fibria, Marcelo Castelli, negou nesta terça-feira que a maior produtora de celulose de eucalipto do mundo e seus controladores estejam envolvidos em negociações sobre uma possível consolidação do setor.

 
“Não existe qualquer negociação em andamento”, afirmou o executivo durante teleconferência com jornalistas, após a empresa divulgar na véspera lucro líquido de 280 milhões de reais no quarto trimestre de 2017, revertendo resultado negativo sofrido um ano antes.
 
Notícias na imprensa nos últimos dias apontam para uma possível oferta da Paper Excellence pela Fibria, após a empresa europeia ter adquirido da Eldorado Brasil no ano passado.
 
Castelli, porém, reafirmou que a Fibria segue considerando a consolidação como melhor opção para geração de valor do que uma ampliação de instalações produtivas, mas ressaltou que o valor de 15 bilhões de reais ofertado pela Paper Excellence pela Eldorado Brasil é um obstáculo.
 
“A visão da Fibria sobre consolidação não mudou com o evento da Eldorado, mas fomos disciplinados e não achamos na época que agregaria valor o preço que foi pago. Não pagamos 15 bilhões pela Eldorado mesmo tendo sinergias...isso para nos é um deal-breaker”, disse Castelli.
 
As ações da companhia subiam cerca de 2 por cento às 15h35, enquanto o Ibovespa tinha baixa de 0,95 por cento. A rival Suzano, também alvo de especulações na imprensa sobre uma aliança com a Fibria, tinha valorização de 0,93 por cento.
 
Durante a teleconferência, executivos da Fibria mantiveram a avaliação de que o mercado global de celulose como equilibrado, com reduções de capacidade na Europa e Ásia e alta demanda nestas regiões, incluindo a China. O cenário motivou a empresa a anunciar novo aumento de preços da celulose a partir de 1º de fevereiro em todos os mercados, reajuste que ainda não foi acompanhado por anúncios semelhantes por rivais como a Suzano.
 
O diretor comercial da Fibria, Henri Philippe Van Keer, afirmou que a tendência para os preços da celulose nos próximos meses é de alta, apesar da própria companhia ter adicionado capacidade no mercado no final do ano passado com a entrada em operação de expansão de fábrica no Mato Grosso do Sul.
 
“Não estamos enxergando queda de preço no primeiro trimestre. Vimos que a demanda na Europa está extremamente boa...Estamos vendo demanda até acima do normal na China. Não conseguimos entender os rumores sobre queda nos preços”, disse Van Keer.